Dentro da sala de aula da Escola Municipal Minervina Augusta, no bairro Campo Alegre, na região norte de Belo Horizonte, os pequenos alunos da professora Petrina Avelar usam a matemática para resolver problemas de gente grande. Ela os conscientizou sobre a tragédia de Brumadinho, e os estudantes, que estão no sexto ano, aceitaram o desafio de descobrir qual quantidade de rejeito deveria ser retirada para iniciar a recuperação ambiental de uma das áreas atingidas. O trabalho dos pequeninos foi registrado pela professora em um vídeo, que foi inscrito no III Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática, promovido pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
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Após calcular esse número, o desafio das crianças passou a ser calcular o volume de rejeitos que deveria ser retirado para recuperar a área atingida. Para isso, os pequenos tiveram de usar um mapa topográfico para traduzir na maquete o relevo da região analisada. O volume encontrado pelos alunos foi de aproximadamente 5.330 mil metros cúbicos, o equivalente a mais de duas mil piscinas olímpicas cheias.
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Tudo começou com a construção de uma maquete que simularia o terreno atingido, baseada em imagens de satélites encontradas na época. Porém, a área soterrada pela lama tinha um formato muito irregular e completamente diferente do que as crianças estavam acostumadas a calcular nas atividades escolares. A solução encontrada foi preencher o espaço com quadrados cada vez menores, para depois encontrar a área aproximada. "A matemática usada não foi de sexto ano. Aplicamos conceitos como série convergente e soma de quadrados. Isso é matéria de ensino médio ou faculdade", conta Petrina. No final, os alunos encontraram uma área atingida de mais de 500 mil metros quadrados. Para efeito de comparação, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti - o mais conhecido e movimentado de BH - possui 182 mil metros quadrados.
Tudo começou com a construção de uma maquete que simularia o terreno atingido, baseada em imagens de satélites encontradas na época. Porém, a área soterrada pela lama tinha um formato muito irregular e completamente diferente do que as crianças estavam acostumadas a calcular nas atividades escolares. A solução encontrada foi preencher o espaço com quadrados cada vez menores, para depois encontrar a área aproximada. "A matemática usada não foi de sexto ano. Aplicamos conceitos como série convergente e soma de quadrados. Isso é matéria de ensino médio ou faculdade", conta Petrina. No final, os alunos encontraram uma área atingida de mais de 500 mil metros quadrados. Para efeito de comparação, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti - o mais conhecido e movimentado de BH - possui 182 mil metros quadrados.
Após calcular esse número, o desafio das crianças passou a ser calcular o volume de rejeitos que deveria ser retirado para recuperar a área atingida. Para isso, os pequenos tiveram de usar um mapa topográfico para traduzir na maquete o relevo da região analisada. O volume encontrado pelos alunos foi de aproximadamente 5.330 mil metros cúbicos, o equivalente a mais de duas mil piscinas olímpicas cheias.
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Com o título de "Mar de Lama: Modelagem na Educação Matemática", o vídeo produzido pela professora Petrina Avelar foi premiado pelo júri popular e técnico no III Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática. Além do reconhecimento acadêmico, a docente destaca os valores humanos aprendidos pelas crianças. "Os alunos se envolveram muito com o trabalho. Inclusive, eles queriam fazer uma modelagem para saber quanto dinheiro seria necessário com ajuda psicológica para os sobreviventes e as famílias dos que morreram. Os meus olhos enchem de água quando lembro disso", conta a professora.
Confira o vídeo do trabalho realizado pelos alunos da Escola Municipal Minervina Augusta sobre a tragédia de Brumadinho:
Com o título de "Mar de Lama: Modelagem na Educação Matemática", o vídeo produzido pela professora Petrina Avelar foi premiado pelo júri popular e técnico no III Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática. Além do reconhecimento acadêmico, a docente destaca os valores humanos aprendidos pelas crianças. "Os alunos se envolveram muito com o trabalho. Inclusive, eles queriam fazer uma modelagem para saber quanto dinheiro seria necessário com ajuda psicológica para os sobreviventes e as famílias dos que morreram. Os meus olhos enchem de água quando lembro disso", conta a professora.
Confira o vídeo do trabalho realizado pelos alunos da Escola Municipal Minervina Augusta sobre a tragédia de Brumadinho: