
Gratuita, a exposição propõe um percurso imersivo por símbolos, histórias e manifestações artísticas que ajudam a compor a identidade do estado.
Instalada no foyer do centro de convenções, a mostra convida o público a caminhar por diferentes ambientes temáticos, que unem tradição e contemporaneidade em instalações interativas. Literatura, gastronomia, música, teatro, artes visuais, patrimônio histórico e arquitetura se encontram em mais de dez espaços criados para envolver os visitantes de forma sensorial e afetiva.
O projeto tem duração média de 1h10 por visita e também reserva horários específicos para alunos da rede pública. Os ingressos podem ser retirados pelo Sympla.
Percurso cultural
A visita começa no espaço “Mar de Montanhas”, ambientado com grandes paineis que remetem ao relevo mineiro e ao imaginário construído pelas palavras de Guimarães Rosa. Dali, os visitantes seguem até a Praça — espaço central da mostra —, onde estão reunidas quatro estações principais: Estação da Música, Casa das Boas-Vindas, Casa das Janelas e uma igreja barroca projetada com recursos visuais e sonoros.
Cada estação representa um aspecto da cultura mineira. A Estação da Música, com curadoria do músico Maurício Tizumba, traça uma linha do tempo sonora que vai do barroco ao Clube da Esquina, passando pelo Congado e pelos toques de matriz africana.
A Casa das Boas-Vindas, sob curadoria do chef Felipe Rameh e da cozinheira e artesã Zora Santos, presta homenagem à cozinha afetiva, com objetos, aromas e utensílios que remetem ao fogão à lenha e às tradições familiares.
Na Casa das Janelas, o visitante é convidado a abrir sete janelas — cada uma voltada a uma região de Minas — e descobrir autores, paisagens e histórias. A curadoria é de Chico Mendonça. O ambiente se inspira no poema Janelas, de Adélia Prado, e também evoca a prosa de Guimarães Rosa.
Homenagens e destaques
A exposição presta tributos a nomes e grupos fundamentais para a cultura do estado. Clube da Esquina, Milton Nascimento, Grupo Corpo, Giramundo, Congado, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Conceição Evaristo e Carolina Maria de Jesus são alguns dos homenageados.
No espaço dedicado à literatura, além da Casa das Janelas, o público encontra um livro de grandes dimensões voltado à obra de Murilo Rubião, considerado um precursor do realismo fantástico no Brasil, e o Palco da Literatura, onde autoras mineiras são protagonistas.
As artes visuais ganham uma galeria com curadoria de Marcus Lontra, reunindo obras de nomes como Amilcar de Castro, Carlos Bracher, Maria Helena Andrés e outras referências da produção mineira.
A arquitetura urbana também é contemplada, com um diálogo entre os traçados históricos de cidades como Mariana e a modernidade de Belo Horizonte, representada pela Pampulha e suas criações assinadas por Oscar Niemeyer.
No espaço das artes cênicas, curado por Fernanda Vianna, figurinos e elementos de cena de grupos como o Galpão e o Grupo Corpo ganham destaque. E nas artes urbanas, os grafites inéditos de DMS e Fênix mostram o encontro entre gerações da arte de rua em Belo Horizonte.
O setor de cinema, com curadoria de Mônica Cerqueira, apresenta um panorama da produção audiovisual mineira e celebra filmes e diretores que marcaram a trajetória do estado nas telas.
Olhar coletivo
Idealizada por Tatyana Rubim, da Rubim Produções, que também assina a coordenação geral, a mostra tem direção artística de Carlos Gradim e expografia de Erika Foureaux, Isabella Borges e Gabriel Arnaut. A curadoria foi construída de forma coletiva, com profissionais de diversas áreas e trajetórias culturais.
“O projeto ‘Estado da Arte’ é, ao mesmo tempo, um grande desafio profissional e também motivo de encantamento. Foi gestado em tempo recorde com a Cemig e a expectativa é de que o público resgate memórias, encontre a sua história, se identifique e se divirta. Para os turistas, a intenção é informar o visitante sobre a beleza, cultura e expressões artísticas desse belo estado. Este é o recorte para construir esta mostra", afirma Tatyana.
Segundo Cristiana Kumaira, diretora de Comunicação e Marketing da Cemig, patrocinadora da exposição, a mostra reforça o compromisso da empresa com a valorização da cultura mineira. “A Cemig se orgulha de poder oferecer um pouquinho de Minas para todos aqueles que visitarem a exposição. Tenho certeza de que ficarão encantados com a experiência.”