
Com entrada gratuita, a exposição poderá ser visitada de quarta a domingo, das 10h às 18h. A iniciativa integra o projeto Museus do Centro, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes.
A mostra tem curadoria da artista gráfica e professora da Escola de Belas Artes da UFMG Fernanda Goulart. A partir de suas pesquisas anteriores, ela constrói uma narrativa que conecta os elementos gráficos presentes na arquitetura, nos impressos e em diferentes suportes da cidade. O resultado é uma espécie de cartografia visual e afetiva que aproxima o traço urbano do traço gráfico.
“Essa exposição é um convite à percepção da cidade como um grande suporte gráfico. Belo Horizonte é um território de formas, signos e histórias que merecem ser olhados com atenção. Ao unir arte, arquitetura e design, a mostra reafirma o compromisso da Secretaria Municipal de Cultura com ações que valorizam a identidade visual e histórica da capital”, afirma Eliane Parreiras, secretária Municipal de Cultura.
A exposição também estabelece um diálogo com o livro de Fernanda Goulart, “Beagá Decô: patrimônio gráfico da cidade ao papel”, publicado com apoio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura. A obra reúne um amplo registro da arquitetura influenciada pelo Art Déco na capital mineira.
Mais do que reconstituir um período histórico, a exposição convida o público a observar com mais atenção os elementos visuais que compõem o cotidiano urbano. Ao evidenciar fachadas, grades, ornamentos e objetos gráficos, a mostra sugere novas formas de conexão com a cidade e sua memória visual. “A Fundação Municipal de Cultura tem investido em ações que aproximam o público do patrimônio da cidade, estimulando a preservação por meio da arte e da educação. A exposição é um ótimo exemplo de como é possível revisitar nossa história com um olhar contemporâneo e sensível”, destaca Bárbara Bof, presidenta da Fundação Municipal de Cultura.
“Beagá Decô e Gráfica” reúne peças da cultura material para revelar os vínculos entre a cidade construída e a que se imprime em publicações e lembranças. Entre grades ornamentais, páginas de livros e fachadas icônicas, a exposição propõe um percurso poético por uma Belo Horizonte que ainda resiste nas formas e símbolos do espaço urbano.
Sobre a artista
Professora associada da Escola de Belas Artes da UFMG, Fernanda Goulart atua há mais de 15 anos no mapeamento de fachadas residenciais e comerciais não tombadas em Belo Horizonte. Em seu doutorado, catalogou aproximadamente cinco mil fachadas nos bairros mais antigos da capital, com ênfase nos desenhos em ferro de grades, janelas e portas. O levantamento deu origem à tese "Urbano Ornamento: um inventário de grades ornamentais em Belo Horizonte (e outras belezas)", que posteriormente foi transformada em livro com mais de 3 mil desenhos vetoriais e um extenso banco de imagens editável.
Serviço
Exposição “Beagá Decô e Gráfica: do papel à cidade ao papel” | Fernanda Goulart - Onde: Foyer do Auditório do Museu Histórico Abílio Barreto (Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim). Quando: A partir de sábado (9), às 16h. Visitação de quarta-feira a domingo, de 10h às 18h.