Estado de Minas MONTAGEM

Camaleão encerra temporada de "Recriar" neste sábado (8)

Espetáculo celebra o encontro e a convivência, levando a dança para espaços públicos de Belo Horizonte e Contagem


postado em 07/11/2025 11:24 / atualizado em 07/11/2025 11:52

A montagem é resultado de um processo de pesquisa e criação coletiva que envolveu os cinco bailarinos(foto: Maria Cheib/Reverso Filmes )
A montagem é resultado de um processo de pesquisa e criação coletiva que envolveu os cinco bailarinos (foto: Maria Cheib/Reverso Filmes )
O Camaleão Grupo de Dança encerra neste sábado (8) a temporada de estreia de “Recriar”, sua nova criação coreográfica, com apresentação gratuita na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. O espetáculo vem ocupando espaços públicos da capital e de Contagem desde outubro, propondo um reencontro entre arte, corpo e cidade.

Com direção coreográfica de Inês Amaral e Vanilton Lakka, a montagem é resultado de um processo de pesquisa e criação coletiva que envolveu os cinco bailarinos em cena. Pensada especialmente para praças e locais abertos, a obra nasceu do desejo de retomar o convívio e a escuta em tempos de distanciamento e excesso de velocidade, convidando o público a redescobrir a experiência de estar junto — de forma leve, criativa e consciente.

Em cena, os intérpretes Dalton Walisson, Isabela Guerra, Ivo Igino, John Morais e Mariana Chalfum exploram, por meio do corpo e do jogo, a potência do lúdico e da simplicidade. O espetáculo propõe uma vivência baseada na atenção ao outro e na convivência como exercício de escuta, cooperação e criação compartilhada.

“A criação coletiva é a essência do Recriar. Cada intérprete trouxe suas vivências, corpos e percepções para a cena, onde juntos construímos uma obra que reflete o diálogo, o respeito e a escuta como fundamentos da dança e da convivência humana”, destaca Inês Amaral.

Para o grupo, apresentar-se em espaços públicos também é uma forma de ampliar o alcance da dança e aproximá-la do cotidiano das pessoas. “Apresentar a dança em espaços públicos é também uma escolha política e poética: queremos levar a arte para lugares onde as pessoas passam, trabalham e vivem, rompendo as fronteiras entre o palco e a rua, entre o artista e o cidadão. A cidade torna-se palco e o encontro da Arte”, complementa Marjorie Quast, diretora geral e fundadora do Camaleão.

Além das apresentações, o projeto envolveu oficinas formativas oferecidas gratuitamente ao longo de seis meses, voltadas a jovens bailarinos em formação. As atividades buscaram o aperfeiçoamento técnico e artístico e contaram com a participação especial de integrantes do Grupo Somos, ligado ao projeto Somos Comunidade.

Essas experiências culminam em “Encontro”, momento em que o grupo compartilha com o público os resultados do processo criativo. 
 
Camaleão Grupo de Dança – “Recriar” (última apresentação). 08/11, às 11h, Praça da Liberdade, Belo Horizonte. Entrada gratuita. 

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