
Fundada em 1975 no bairro Lagoinha, a Banda Mole acumula cinco décadas de história. Conhecida pela irreverência, pelas marchinhas e pelo espírito democrático, a edição de 2026 pretende reafirmar o lema que atravessa gerações: irreverência, respeito e alegria.
Segundo Luiz Mário Ladeira, o Jacaré, um dos fundadores e atual presidente do bloco, a decisão de retomar o formato de desfile tradicional reflete o desejo de fortalecer o vínculo com a essência do carnaval de rua. “Diante do crescimento exponencial do carnaval de rua de Belo Horizonte, entendemos que este é o momento ideal para voltarmos ao formato de cortejo. A Banda Mole deixa de ser um evento na rua e volta à sua essência como um verdadeiro bloco de carnaval. Mantemos nosso compromisso com o tradicionalismo, e as marchinhas, que são a alma da nossa festa, continuam sendo o destaque, além, é claro, de shows da banda da Banda Mole e convidados no trio elétrico”, disse.
A mudança também deve beneficiar os trabalhadores que fazem parte da economia do carnaval. “Ao retornarmos ao formato de cortejo, estamos não apenas resgatando as origens da Banda Mole, mas também criando oportunidades para os ambulantes, que todos os anos desejavam acesso ao perímetro da festa. Agora, com o formato de bloco de carnaval de rua, eles poderão vender seus produtos livremente ao longo do percurso, o que fortalece a economia local e reforça o clima acolhedor e democrático que sempre marcou o carnaval de Belo Horizonte. Assim, a Banda Mole reafirma sua essência: ser um bloco de todos, para todos”, analisa Polly Paixão, presidente da Liga Belorizontina dos Blocos de Rua e produtora da Banda Mole.
Além do tradicional desfile, a programação contará com apresentações da banda da Banda Mole e convidados especiais. O objetivo é manter viva a tradição das marchinhas, ao mesmo tempo em que o bloco se adapta aos novos tempos e reafirma seu papel como um dos pilares do carnaval de Belo Horizonte.