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Estado de Minas RISCO

Acidentes com eletricidade cresceram no Brasil

De 2013 a 2017 foram 33,6% mais casos


postado em 10/10/2018 11:34 / atualizado em 10/10/2018 11:51

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), de 2013 a 2017, o número de acidentes envolvendo eletricidade cresceu 33,6% em todo o país. Só no ano passado foram registrados 1.387 casos em todo Brasil; destes, mais de 50% terminaram em morte.

Os dados reforçam um problema sério: o ambiente doméstico continua sendo o local de maior ocorrência de acidentes fatais, com cerca de 34% dos registros. E, apesar de crianças e adolescentes representarem o principal grupo de risco, mais da metade do número de mortes relacionadas são de adultos de 21 a 40 anos. Conforme a Abracopel, há maior incidência em época de férias escolares e feriados nacionais, apesar de não haver um padrão consistente.

Para o engenheiro elétrico Juliano de Mello Pedroso, do Centro Universitário Internacional Uninter, a falsa impressão de que pequenos reparor em casa não "precisa de mão de obra especializada" é um dos grandes vilões dos acidentes com eletricidade. "São situações que parecem pequenas, como consertar um fio desencapado ou não estar atento à sobrecarga de extensões com diversos eletrodomésticos, mas que geram perdas irreparáveis", comenta o especialista.

O engenheiro diz que a maioria dos acidentes tem como fator em comum a falta de precaução e cuidado. Fios desencapados, extensões, T's (benjamins) e tomadas, além de eletrodomésticos com fuga de corrente escondem os principais perigos nas residências. "Fuga de corrente é um tipo de falha na isolação ou defeito no equipamento ou instalação que deixa escapar energia. Além do perigo que isso representa, essa energia é cobrada sem a pessoa ter feito uso do equipamento", explica Juliano Pedroso.

Para conseguir identificar se algum eletrodoméstico está com o problema de fuga de corrente, afirma o especialista, é necessário desconectar todos os aparelhos da casa, incluindo a iluminação. "A seguir, verificar no medidor de energia se os valores ainda continuam girando ou incrementando. Se continuar a aumentar ou girar, temos uma fuga de corrente na fiação", orienta o engenheiro.

Em relação aos curtos-circuitos, Juliano diz que não é difícil identificá-los. "Fios derretidos, tomadas derretidas, cheiro de plástico queimado e chaves ou disjuntores que desarmam frequentemente. Isso acontece tanto dentro da instalação quanto nos equipamentos".

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