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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Descoberta nova espécie de mini sapo

O animal foi encontrado numa região de Mata Atlântica


postado em 07/11/2018 16:40 / atualizado em 07/11/2018 16:25

A nova espécie de mini sapo recebeu o nome Brachycephalus mirissimus e foi encontrada numa área de Mata Atlântica em Santa Catarina(foto: Unesp/Divulgação)
A nova espécie de mini sapo recebeu o nome Brachycephalus mirissimus e foi encontrada numa área de Mata Atlântica em Santa Catarina (foto: Unesp/Divulgação)

O pesquisador Marcos Bornschein, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), descobriu uma nova espécie de mini sapo do gênero Brachycephalus no Morro Santo Anjo, em Massaranduba, no norte de Santa Catarina, numa região de Mata Atlântica. Batizado de Brachycephalus mirissimus, o animal tem tamanho que varia de 10 a 13 mm.

O animal foi oficialmente descrito num artigo publicado no início de outubro no periódico científico PeerJ.


Com tamanho que varia de 10 a 13 mm (quase do tamanho de uma unha) e menor quantidade de dedos que os demais anfíbios, o Brachycephalus mirissimus chama atenção por sua coloração. Com um forte tom alaranjado, o corpo na porção dorsal traz uma listra branca e uma mancha branca arredondada na cabeça, uma das diferenças em relação a outras espécies de mini sapo também identificadas ao longo do projeto.

Localizada em uma densa porção de Mata Atlântica, a nova espécie foi encontrada apenas em uma montanha e com baixa densidade populacional. "Os dados obtidos durante a pesquisa, assim como a perda de área no local para o plantio de pinus e eucaliptos, são preocupantes para a conservação da espécie", comenta Marcos Bornschein à Unesp Agência de Notícias.

O pequeno animal faz parte do grupo dos menores vertebrados do mundo. Essa característica deve-se a um processo evolutivo chamado miniaturização, o que dá à espécie uma vantagem estratégica para sobreviver às condições da montanha. "Além disso, por viverem em lugares íngremes e úmidos, mas sem a presença de grande quantidade de água, durante o processo evolutivo, esses sapinhos da montanha também adquiriram outra característica própria: eles não passam pela fase de girino", diz o pesquisador Luiz Fernando Ribeiro, da PUC-PR, um dos responsáveis pela descoberta da nova espécie.

(com Unesp Agência de Notícias)

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