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Estado de Minas POLÊMICA

Dentistas não podem fazer harmonização orofacial, dizem entidades médicas

Foi aberta uma ação civil pública contra o Conselho Federal de Odontologia


postado em 21/02/2019 11:25 / atualizado em 21/02/2019 11:29

(foto: Pinterest)
(foto: Pinterest)

Em comunicado enviado à imprensa, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), informam que entraram com uma ação civil pública na Justiça Federal contra o Conselho Federal de Odontologia (CFO) que, segundo as entidades médicas, estarian contrariando a legislação vigente ao editar uma resolução que libera os dentistas a fazerem procedimentos de caráter invasivo e estético que são exclusivos dos médicos.

"Diante dos excessos administrativos e dos riscos inerentes, as entidades médicas pedem à Justiça Federal a concessão de liminar com a suspensão imediata da Resolução 198, de 2019, do CFO, com informe da decisão à população por meio de publicação no Diário Oficial da União [DOU] e informes no site do Conselho Federal de Odontologia e junto à imprensa", afirma o comunicado divulgado nesta quinta, dia 21 de fevereiro.

Em 29 de janeiro deste ano, a Resolução 198 do CFO passou a reconhecer a harmonização orofacial como especialidade odontológica, permitindo aos dentistas o uso da toxina botulínica e de preenchedores faciais na região orofacial e em áreas anexas, bem como a realização de procedimentos com vistas a "harmonizar os terços superior, médio e inferior da face".

No entendimento da SBD e das demais entidades médicas que entraram com a ação civil pública na Justiça Federal, "essa é mais uma tentativa de ampliar irregularmente o escopo de atuação de dentistas, invadindo a esfera de atuação exclusiva dos médicos, segundo disposições expressas da Lei do Ato Médico [12.842, de 2013]".

"Infelizmente, há categorias profissionais da área da saúde que tentam extrapolar suas atribuições e praticar atos exclusivos aos médicos com o intuito de se beneficiarem da demanda da sociedade por procedimentos estéticos, mas ignorando o potencial risco de causar sérios danos aos pacientes", afirma o dermatologista Sérgio Palma, presidente da SBD.

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