Publicidade

Estado de Minas CIDADE

Um dos hoteis mais antigos de Belo Horizonte passa por melhorias

Rei Pelé e o ex-presidente Juscelino Kubitschek são alguns dos hóspedes ilustres que passaram pelo lugar


postado em 15/05/2019 15:55

Hotel na praça Sete preserva características da década de 1930(foto: Violeta Andrada)
Hotel na praça Sete preserva características da década de 1930 (foto: Violeta Andrada)
Enquanto o prédio do finado Othon Palace segue fechado, na avenida Afonso Pena, com rua da Bahia, a poucos metros dali, outra hospedagem antiga de Belo Horizonte segue bem viva, apesar da data de nascimento antiga. Trata-se do Brasil Palace Hotel, cuja entrada é pela rua Carijós, na Praça Sete, no centro – aquele que funciona sobre uma famosa rede de fast food. Vizinho do Cine Theatro Brasil, o prédio foi erguido em 1934, e passou pela áurea época em que o hipercentro era considerado nobre. Já passaram pelo lugar personalidades como o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o rei Pelé e a cantora Elza Soares. 

Os anos passaram, a região se deteriorou, foi revitalizada e continua sendo alvo de projetos para que as pessoas voltem a ocupá-la. Entretanto, o Brasil Palace Hotel, com 68 apartamentos, não está às moscas. Durante o Carnaval deste ano, por exemplo, a taxa de ocupação foi de 100%. Fora da folia, o movimento no ano passado girou em torno de 60% a 70%.“E o público poderia ser maior se a região tivesse uma fama melhor”, diz Ronise Cunha, uma das seis herdeiras do hotel. Ela reclama apenas do número de moradores de rua que ficam nas proximidades e do mal cheiro, sobretudo, no final de semana. “Contudo, nunca tivemos problemas de assaltos ou furtos aqui dentro”, afirma.     
 
Este ano, o salão de 365 metros quadrados foi recuperado, uma tentativa de trazer de volta o glamour de outrora. O piso foi restaurado, a exemplo do teto e dos lustres que, por sinal, são os mesmos da década de 1930. O espaço já sediou festas de aniversário e serviu de locação para produção de fotos. As melhorias não devem parar por aí. Os dois elevadores serão reformados, sendo que um deles vai continuar sendo manual, ainda com alavanca que exige do ascensorista destreza para frear o equipamento no andar desejado. Outra meta dos atuais proprietários é concluir o processo de tombamento. E o que não faltam são histórias para construir o dossiê.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade