Saiba como será o relaxamento da quarentena em BH

O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto anunciou nesta sexta-feira (22), em entrevista coletiva, como será feita a flexibilização do comércio em BH. As medidas passam a valer a partir de segunda (25) e serão reavaliadas a cada semana.Se os índices piorarem, a prefeitura pode até fazer o chamado lockdown, o fechamento compulsório de toda a cidade.

O secretário deixou claro que o relaxamento da quarentena só é possível em BH porque três variáveis que servem para detectar a expansão da doença por aqui estão em níveis aceitáveis: número médio de transmissão por infectado (atualmente em 1,09); ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19 (40% da capacidade do SUS na cidade) e ocupação de leitos de enfermaria (34%). Segundo Jackson, a taxa de isolamento social atualmente é de 49%. "Gostaríamos que estivesse acima disso", ressaltou.

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) não participou da coletiva, como forma de reiterar que as decisões são da equipe técnica, e não políticas. Participam da equipe técnica de enfrentamento do novo coronavírus, além do secretário de Saúde, os infectologistas Carlos Starling, Estevão Urbano e Unaí Tupinambás, todos voluntários. 

Antes de falar sobre o que começa a abrir na próxima segunda, o secretário Jackson Machado Pinto destacou as ações da pasta, aproveitando para alfinetar o governador Romeu Zema (Novo). Na última quinta-feira, Zemahavia afirmado que "tem muita gente gritando e não fazendo quase nada". Entre as ações, Jackson destacou as barreiras sanitárias montadas em diversos pontos da capital mineira, responsável por encaminhar para atendimento mais de 200 pessoas com sintomas relacionados à Covid-19. Para comprovar os resultados da capital mineira, Jackson apresentou a taxa de letalidade na cidade e no estado. Por aqui, essa taxa é de 2,81% dos infectados. No estado (excluindo Belo Horizonte), 3,59%. "O estado está surfando na onda de Belo Horizonte, por isso é uma ofensa dizer que não fizemos nada", disse. 

Em BH, só os serviços considerados essenciais estão permitidos de funcionar (supermercados, delivery, farmácias, hospitais, entre outros). A flexibilização que começa nesta segunda (25) é a primeira das quatro fases de reabertura do comércio. Segundo a prefeitura, pessoas do grupo de risco não devem voltar a trabalhar. Comércio e empresas devem tomar uma série de cuidados, como manter distanciamento mínimo entre os presentes (5 metros quadrados por pessoa); uso de máscaras obrigatório; horários preferenciais para grupos de risco; e ventilação natural (ou ar-condicionado com manutenção em dia). Veja o que poderá funcionar: