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Estado de Minas ESPECIAL NOVO CORONAVÍRUS

Prefeitura de Belo Horizonte responde críticas da CDL

Entidade que representa lojistas se indignou com volta da flexibilização do comércio da capital para fase zero, onde somente atividades essenciais podem funcionar


postado em 30/06/2020 11:00 / atualizado em 30/06/2020 17:11

Somente comércio e serviços considerados essenciais podem funcionar em BH, conforme anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil. Decisão causou revolta de lojistas, que haviam sido liberados para abrir as portas há cerca de um mês(foto: Rodrigo Clemente/PBH/Divulgação)
Somente comércio e serviços considerados essenciais podem funcionar em BH, conforme anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil. Decisão causou revolta de lojistas, que haviam sido liberados para abrir as portas há cerca de um mês (foto: Rodrigo Clemente/PBH/Divulgação)
A interrupção da flexibilização do comércio de Belo Horizonte anunciada na última sexta-feira (26 de junho) pelo prefeito da Alexandre Kalil gerou críticas por parte do Clube de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital. Em nota divulgada horas depois da entrevista coletiva do chefe do executivo municipal, a entidade protestou dizendo que não se pode culpar a liberação do comércio na cidade pelo aumento no número de casos de covid-19 e que a prefeitura não ampliou o número de leitos hospitalares conforme havia prometido.

Procurada pela Encontro, na segunda-feira (30), para se posicionar a respeito das críticas feitas pela CDL, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) respondeu com uma nota, informando que "está verificando com os hospitais 100% SUS a possibilidade da abertura imediata de novos leitos de UTI".

Ainda de acordo com o texto encaminhado pela PBH, 232 leitos exclusivos para tratamento de covid-19 foram abertos pela Secretaria Municipal de Saúde no mês de junho, sendo 81 UTIs e 151 de enfermaria. Desse total, 74 foram colocados em funcionamento na última semana, diz a nota.

Na resposta enviada à reportagem, a Prefeitura de BH esclarece, alega que "o aumento da oferta de unidades para o atendimento de pacientes acompanha o planejamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos hospitais e a evolução dos indicadores epidemiológicos e assistenciais em relação à pandemia".

Até o fechamento dessa reportagem, a capital mineira registrou 5.510 casos e 129 mortes por Covid-19. A taxa de ocupação de leitos está em 87% para UTIs exclusivas para a doença causada pelo novo coronavírus e 88% para as demais UTIs. Os números são da secretaria de saúde de BH.

Indignação

Em entrevista à TV Globo na segunda-feira (30), o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, destacou a importância do comércio para a cidade e engrossou as críticas contra a Prefeitura de Belo Horizonte. De acordo com ele, o setor de comércio e serviços responde por cerca de 1,5 milhão dos 1,8 milhão de empregos, e por 72% do PIB da capital.

Ainda na reportagem da Globo, Marcelo de Souza e Silva reforçou as cobranças feitas à PBH. "No dia 29 de maio, o secretário de Saúde do município, Jackson Machado, havia dito que poderia acrescentar 509 leitos de UTI à rede pública da cidade. Se isso tivesse sido feito, o percentual de ocupação seria muito menor e certamente a flexibilização poderia continuar. Por que isso não foi feito?", questinou o dirigente.

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