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Estado de Minas HISTÓRIA

Extinto espaço de BH, Praça da Independência será reconstituída

Local ficava onde hoje estão os edifícios Sulamérica e Sulacap, na avenida Afonso Pena


postado em 23/02/2024 00:51 / atualizado em 23/02/2024 00:51

(foto: Adão de Souza/PBH)
(foto: Adão de Souza/PBH)
A Prefeitura de Belo Horizonte publicou a licitação para reconstituição da Praça da Independência com a demolição do edifício Novo Sulamérica – anexo ao Conjunto Sulacap-Sulamérica (Avenida Afonso Pena, 981, Centro). O projeto de reconstituição da praça faz parte do programa de requalificação do Centro da capital, o Centro de Todo Mundo.

> Leia mais: Puxadinho entre os edifícios Sulacap e Sulamérica será demolido

A obra tem o valor limite de R$ 3.233.518,00 para as propostas dos licitantes e os recursos investidos serão da PBH. Os interessados devem enviar as propostas exclusivamente pela internet até as 13h59 do dia 11 de março deste ano.

O prazo de execução da obra é de 150 dias corridos contados da emissão da ordem de serviço e a supervisão do contrato será da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

O edital da licitação e anexos estão disponíveis no Portal da PBH e no Portal Nacional de Contratações Públicas.

Histórico

O Conjunto Sulacap-Sulamérica foi projetado pelo arquiteto italiano Roberto Capello, em estilo protomoderno. Os blocos cubistas eram ladeados por dois edifícios menores, havendo um vazio entre eles possibilitando uma perspectiva interessante do viaduto Santa Tereza. O objetivo do projeto era o de formar dois prédios iguais, simetricamente opostos, com as torres estrategicamente posicionadas para se harmonizarem com o entorno.

A construção do Conjunto Sulacap-Sulamérica foi concluída em 1940 e, décadas depois (nos anos 70), foi construído um anexo ligando os edifícios Sulacap e Sulamérica, que teria lesionado a arquitetura e o urbanismo histórico do local.

Em 12 de setembro de 2000, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, reunido em sessão ordinária aprovou, com base no estudo do conjunto urbano: Rua da Bahia e adjacências, (conjunto já tombado pelo referido conselho em deliberação 16/98) novas diretrizes de proteção do Conjunto como de interesse cultural, determinando assim a demolição do anexo e a restauração dos jardins anteriormente existentes como espaço público. A decisão foi fundamentada na  suma importância para Belo Horizonte da preservação desse conjunto arquitetônico já que a sua história está intrinsecamente relacionada à memória do município, bem como da população.

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