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Estado de Minas TECNOLOGIA

Depressão pelo uso de rede social afeta mais as garotas

Segundo estudo, adolescentes de 14 anos são as principais vítimas


postado em 07/01/2019 08:00 / atualizado em 07/01/2019 08:16

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Segundo estudo da Universidade College de Londres, na Inglaterra, publicado no dia 4 de janeiro no periódico científco EClinicalMedicine, as adolescentes são duas vezes mais propensas a apresentar sintomas de depressão devido ao uso das redes sociais do que os meninos.

Uma em cada quatro meninas analisadas apresentou sinais clinicamente relevantes de transtorno depressivo, enquanto o mesmo ocorreu com apenas 11% dos garotos, conforme a pesquisa britânica. Os cientistas constaram que a taxa de depressão mais elevada decorre do assédio online, do sono precário e da baixa autoestima, acentuada pelo tempo de uso das mídias sociais.

O estudo analisou dados de quase 11 mil jovens moradoras do Reino Unido. Os resultados mostram que as garotas de 14 anos representam o o maior grupo de usuárias das mídias sociais – dois quintos delas as usam por mais de três horas diárias, em comparação com um quinto dos garotos.

Além disso, cerca de três quartos das garotas de 14 anos que sofrem de depressão também apresentam baixa autoestima, estão insatisfeitas com a própria aparência e dormem sete horas ou menos por noite.

"Aparentemente, as meninas enfrentam mais obstáculos com esses aspectos de suas vidas do que os meninos, em alguns casos, consideravelmente", comenta Yvonne Kelly, professora do Universidade College de Londres, líder da pesquisa, em entrevista para a agência alemã de notícias Deutsche Welle.

Depressão

O estudo mostra ainda que 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais (mais de cinco horas por dia) apresentam sinais de depressão considerados graves.

Quando os pesquisadores avaliaram os processos relacionados à relação entre uso da internet e depressão, descobriram que 40% das meninas e 25% dos meninos tinham experiência de assédio online ou cyberbullying.

No artigo recém publicado, os cientistas britânicos pedem aos pais e aos políticos que deem a devida importância aos resultados do estudo. "Essas descobertas são altamente relevantes para a política atual de desenvolvimento em diretrizes para o uso seguro das mídias sociais. A indústria tem que regular de forma mais rigorosa as horas de uso das mídias sociais para os jovens", alerta Yvonne Kelly.

(com Agência Deutsche Welle e Agência Brasil)

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