Como conseguir emprego sem experiência?

Quem está procurando emprego, sobretudo os mais jovens, reclamam que as empresas cobram que o candidato tenham experiência. Aí vem aquele dilema: como obter a experiência desejada pelos recrutadores sem ter uma oportunidade de emprego para aprender?

Saiba que nem tudo está perdido, pois, mesmo com esse empecilho é possível conseguir emprego. "Embora um currículo extenso provavelmente consiga furar a fila em uma disputa por vaga, se manter na ativa e caçar oportunidades que tornem possível praticar suas habilidades pode ajudar na busca por um trabalho", explica Geovana Conti, sócia fundadora da Youngers, empresa especializada em preparação para o mercado de trabalho.

Com mais de dez anos de experiência nessa área, a especialista afirma, ainda, que o voluntariado, por exemplo, é uma das coisas que podem "substituir" a experiência requisitada pelas empresas.

Geovana Conti dá outras sete dicas para conseguir uma vaga de emprego. Veja abaixo:

Mesmo sem emprego, é importar buscar oportunidades onde seja possível colocar as habilidades em prática, pois isso pode servir tanto para amadurecer e desenvolvê-las quanto para ter o que contar em uma entrevista. Mesmo sem remuneração, ajudar no negócio da família, fabricar algo para vender, se voluntariar em alguma atividade ou liderar trabalhos na igreja ou escola do bairro pode aumentar as chances de ser visto e recomendado depois.

Quem concluiu uma graduação ou curso técnico deve mostrar que, ao longo ou ao final da formação, experimentou os conceitos na prática. E isso pode fazer mais sentido se tiver concluído o curso há no máximo três meses antes da entrevista. Passado mais tempo, vale investir em prestação de serviços e se atentar à dica anterior.

Já ao candidato sem formação e experiência é indicado fazer um curso para adquirir ou atestar seu conhecimento. Algumas áreas já possuem ensino à distância de qualidade e com preços mais acessíveis, inclusive.

Alguns candidatos usam respostas padrão para as famosas perguntas (também padrão) nas entrevistas, sem refletir sobre o que isso tudo significa. O RH pode até seguir essa padronização, uma vez que eles precisam usar o mesmo critério com todos os candidatos. Mas o candidato não deve usar da mesma lógica e copiar respostas. Quem responde o mesmo que todos não se dá bem, obviamente. A dica é usar esses questionamentos para, de fato, fazer uma reflexão e levar para a entrevista verdades que o destaquem da maioria.

Hoje as empresas tanto recebem currículos no papel quanto procuram o candidato no LinkedIn. Onde e como se apresentar depende muito da vaga pretendida. Auxiliares de limpeza, de escritório, recepcionistas ou balconistas geralmente ainda são contratadas com currículo impresso. Porém, o mesmo RH provavelmente está no LinkedIn avaliando perfis de candidatos para outras vagas, logo, pode ser muito interessante estar lá.

Um tweet falando mal do ex-chefe, um story alcoolizado feito na madrugada ou uma foto com gestos obscenos na timeline das redes sociais podem comprometer, sim, uma futura contratação. Afinal, mesmo não sendo eticamente recomendado, é fato que todos os perfis nas redes sociais serão visitados. Portanto, é importante cuidar das postagens no processo de busca por emprego e, também, na fase de experiência.

Um currículo sem experiência comprovada não deve ter mais do que uma página. Caso sobre um espaço após as informações pessoais é construtivo incluir experiências informais.

*Com assessoria da Youngers