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Estado de Minas CRISE?

Ipea rebaixa crescimento do PIB para 2018 e 2019

Este ano, economia do Brasil deve crescer 1,6%


postado em 27/09/2018 13:24 / atualizado em 27/09/2018 12:52

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2018 e 2019. Os números foram divulgados nesta quinta, dia 27 de setembro, em entrevista coletiva. Segundo o instituto, o PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, deve crescer 1,6% neste ano e 2,9% em 2019. Na previsão anunciada três meses atrás, o instituto estimava altas de 1,7% e 3%.

Já no início deste ano, o Ipea projetava crescimento de 3% nos dois períodos.

De acordo com José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas, o cenário se deteriorou ao longo do ano com a perda de confiança do mercado na continuidade das reformas e também com a greve dos caminhoneiros, em maio.

O economista afirma que as projeções do instituto dependem da manutenção da crença de que o governo conseguir reverter o déficit nas contas públicas. Com as regras em vigor hoje, o Ipea prevê que somente em 2023 o Brasil terá superávit primário. "Caso não haja confiança em relação à política fiscal, essa trajetória fica comprometida", diz José Castro na coletiva. Ele considera difícil manter o teto de gastos públicos sem rever as regras da Previdência Social.

Para ele, a questão fiscal é o que impede que a economia tenha uma retomada mais rápida, já que o Brasil tem alta ociosidade  em sua capacidade produtiva.

"O cenário fiscal é o grande problema, é a grande barreira que tem impedido a retomada de ser mais intensa, mais forte, como a gente esperaria depois de um período de crise tão forte quanto o que a gente vive", comenta o diretor do Ipea.

Na avaliação do instituto, a retomada da economia foi afetada transitoriamente pela greve dos caminhoneiros, no primeiro semestre, e parece já estar retornando à trajetória anterior à paralisação. Apesar do choque de oferta ocorrido em maio, o Ipea ressalta que agosto já apresentou crescimento.

O Ipea prevê ainda inflação de 4,2% tanto em 2018 quanto em 2019 – em 2017, a taxa ficou em 2,95%. A taxa básica de juros da economia (Selic) deve fechar o ano em 6,5%, mas, na estimativa dos economistas do Ipea, subirá para 8% no ano que vem.

Quanto ao dólar, a projeção do Ipea é que a moeda americana termine 2018 cotada a R$ 4. No ano que vem, esse valor deve cair até R$ 3,8.

(com Agência Brasil)

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