
A expectativa é de que cerca de 105 mil áreas sejam alocadas nos próximos anos. Apenas em Minas Gerais, estão previstas 13.300 áreas para leilão ou oferta pública.
Com o apoio da B3, será implementada uma nova infraestrutura tecnológica capaz de processar simultaneamente até 7.000 áreas, com suporte para, no mínimo, 3.000 usuários concorrentes. O sistema também inclui recursos para gerenciar garantias financeiras e qualificar os participantes de forma mais eficiente. O contrato entre as instituições não implica em custos para os cofres públicos, sendo totalmente custeado pelos próprios participantes dos leilões.
Para Caio Trivellato, diretor da ANM, o acordo representa um avanço na forma como o país gerencia a disponibilidade de áreas para mineração. “A operação representa um marco na modernização dos processos de disponibilidade de áreas minerárias. Estamos falando de uma solução completa e integrada que abrange desde a análise técnica dos editais até a gestão das garantias financeiras, passando pela condução dos leilões com total transparência e segurança. Esse processo acelerado garante que as áreas não fiquem ociosas e que possamos pesquisar e estimular o desenvolvimento desses lugares, gerando emprego e renda”, afirma.
Ele também destaca que a estrutura tecnológica democratiza a concorrência, permitindo que empresas de todos os portes tenham acesso às oportunidades. “A participação simultânea de 3.000 usuários em tempo real democratiza o acesso e garante que pequenos, médios e grandes investidores possam competir em igualdade de condições, o que é fundamental para o desenvolvimento plural do setor mineral brasileiro. Com um estoque atual de aproximadamente 70.000 áreas aguardando adequada alocação para direitos de exploração e lavra, necessitávamos de uma solução robusta e confiável que atendesse às demandas crescentes do setor”, complementa Trivellato.
O próximo leilão está previsto para o segundo semestre de 2025, com a oferta de cerca de 7.000 áreas e expectativa de arrecadação na casa dos R$ 500 milhões. “O real benefício para o Brasil não está somente no valor arrecadado com os leilões, mas principalmente no desenvolvimento sustentável das áreas minerárias, que gera empregos, movimenta as economias locais e contribui para a cadeia produtiva nacional”, conclui o diretor.