Estado de Minas ECONOMIA

Dia dos Pais deve movimentar R$ 1,76 bi no comércio de Belo Horizonte

Expectativa é de alta no ticket médio e mais investimentos em divulgação online e presencial para impulsionar as vendas de agosto


postado em 29/07/2025 08:56 / atualizado em 29/07/2025 09:00

Segundo os lojistas, o valor médio que os consumidores devem desembolsar por presente é de R$ 247,54(foto: Freepik)
Segundo os lojistas, o valor médio que os consumidores devem desembolsar por presente é de R$ 247,54 (foto: Freepik)
O Dia dos Pais deve movimentar R$ 1,76 bilhão no comércio de Belo Horizonte em agosto, segundo estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O número representa um crescimento de 1,59% em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume alcançado foi de R$ 1,73 bilhão.

De acordo com a pesquisa da entidade, cerca de 74,5% dos comerciantes pretendem investir em ações publicitárias para atrair o consumidor, e quase metade (49%) aposta em vendas superiores às registradas no ano passado.

“A cada ano que passa, o Dia dos Pais aumenta sua força comercial e possibilita que o varejo ganhe fôlego até o supertrimestre, que se inicia em outubro. A tendência é que a data aqueça o comércio durante todo o mês com compras, trocas e novas vendas que são geradas nesta movimentação”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Segundo os lojistas, o valor médio que os consumidores devem desembolsar por presente é de R$ 247,54 — uma alta de 30,1% na comparação com o ticket médio do ano passado, que foi de R$ 190,20. Em relação à quantidade de itens por cliente, 72% dos entrevistados esperam vender um presente, 27,5% acreditam que serão dois e apenas 0,5% preveem três.

As roupas aparecem como o item mais procurado, representando 32% das preferências. Em seguida, estão os acessórios como relógios, óculos e joias (15%), cosméticos (11,5%), canecas e copos térmicos (11,5%) e calçados (10,5%). Os preços médios estimados para esses produtos são:

  • Roupas: R$ 292,20
  • Acessórios: R$ 340,00
  • Cosméticos: R$ 109,78
  • Canecas e copos térmicos: R$ 62,39
  • Calçados: R$ 219,05

Sobre as formas de pagamento, 57,7% dos comerciantes esperam que as compras sejam feitas a prazo. Entre eles, 25,22% apostam em parcelamentos em até três vezes e 22,61% preveem vendas em até dez parcelas. Outros métodos mencionados foram o crédito à vista (27%), PIX (14%) e débito (1,5%).

Na comparação com 2024, 28% dos entrevistados estão otimistas com um aumento nos gastos dos consumidores, enquanto 27% acreditam que o volume será similar. Para atender à demanda, 31,5% dos lojistas disseram que vão reforçar os estoques, 62,5% manterão o mesmo volume e 6% optaram por reduzir.

Presença física ainda lidera, mas redes sociais ganham espaço

A maioria das estratégias adotadas para impulsionar as vendas envolve a integração entre lojas físicas e canais digitais. A divulgação por meio de redes sociais como WhatsApp e Instagram será priorizada por 91% dos comerciantes. Outros recursos também aparecem, como a decoração das lojas (76,5%), o marketing boca a boca (42,5%), uso do site da empresa (20,5%), Facebook (3%) e TikTok (1%).

“O digital amplia o conhecimento, mas o físico é o que atrai. Por isso, é muito importante os esforços contínuos dos lojistas para oferecer um atendimento qualificado, um ambiente agradável, bons produtos e experiências que o virtual não proporciona”, destaca Marcelo de Souza e Silva.

Na prática, a venda presencial continua sendo a principal aposta para o período (98%). Mas canais como WhatsApp (83%), Instagram (60,5%) e sites próprios (29%) também estão entre os mais utilizados. Apenas 1% dos lojistas afirmaram utilizar aplicativos próprios.

“Manter um preço competitivo, ampliar o uso de canais digitais e treinar equipes para atendimento ágil são ações de curto prazo com maior retorno esperado, como é o caso das datas comemorativas. O sucesso, contudo, dependerá da trajetória dos preços ao consumidor e do nível de renda disponível até agosto. Fatores que, na visão dos próprios lojistas, permanecem como um desafio contínuo diante do cenário econômico atual”, finaliza o presidente da CDL/BH.

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