“O cálculo preliminar foi baseado em cerca de 60% das informações referentes a 2023. Com a atualização dos dados daquele ano e a inclusão de 2024, além do plantio — até o momento — de 2.200 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado em cinco áreas municipais de Belo Horizonte (Serra do Engenho Nogueira e parques Brejinho, Vitória, Goiânia e Alfredo Sabetta), ultrapassamos a meta de cinco toneladas, que já era expressiva, o que nos surpreendeu”, comemora a organizadora Tânia Machado.
Segundo ela, a feira deve receber cerca de 100 mil visitantes ao longo dos cinco dias de programação, reunir 3.500 artesãos de todos os estados brasileiros e contar com 1.500 prestadores de serviço. “Ao final da feira, a empresa de consultoria Engear vai emitir um novo laudo com números precisos de compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE)”, explica.
Com o tema “Sustentabilidade”, a edição de 2025 reforça o compromisso da FNA em integrar arte, cultura e economia criativa à preservação ambiental. Entre as iniciativas planejadas pela Eco Restaura, parceira do evento, está a exposição imersiva “Sustentabilidade em Ação”, com elementos visuais, interatividade e ações educativas. O espaço contará com atividades lúdicas e o painel “Mudas Nativas e Educação Ambiental”, que aborda a importância das espécies nativas na recomposição de ecossistemas e na mitigação das mudanças climáticas. Durante os cinco dias da feira, uma atriz fará uma performance de até 15 minutos sobre consumo consciente e atitudes cotidianas de preservação ambiental.
A programação inclui ainda a cartilha digital “Sementes de Sustentabilidade: Pequenas Ações, Grandes Mudanças”, voltada para expositores e visitantes, com dicas práticas de ações diárias que ajudam na preservação do planeta. Os visitantes também poderão acessar uma calculadora de pegada de carbono, desenvolvida em parceria com a Engear Consultoria, que estima as emissões individuais de gases de efeito estufa. A ferramenta está disponível no site engear.ralssystems.com/calculaco2 e durante o evento, por meio de QR Code.
Outras medidas sustentáveis incluem a reutilização ou reciclagem de pelo menos 80% do lixo gerado, além do uso de sacolas, pratos, copos e canudos biodegradáveis. Também estão previstos o “Concurso de Presépios Feitos com Materiais Reciclados” e as “Esculturas Feitas com Sucatas”, avaliados por um júri especializado que levará em conta a criatividade, o uso de materiais reciclados e a originalidade. As melhores obras serão exibidas e premiadas por voto popular.
Durante a feira, dez salas receberão oficinas artesanais gratuitas com foco em técnicas de reaproveitamento de materiais. Entre as atividades estão: bola de Natal de tecido, boneca de CD, cachepô de prendedor de roupa, chaveiro com retalho de couro, eco bijoux de cápsula de café, enfeite de Natal com rolo de papel higiênico, reciclagem de vidro e pintura com terra. Outra novidade é o selo “Artesanato Sustentável”, que identificará os expositores comprometidos com práticas ecológicas.
Economia criativa
Além de seu papel ambiental, a feira também movimenta a economia criativa nacional. A expectativa é de gerar cerca de R$ 50 milhões em negócios, aproximadamente dois mil empregos diretos — sem contar os 3.500 artesãos e artistas — e 20 mil indiretos. Organizada pelo Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro CAPE), a FNA integra o Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e é considerada uma das maiores do gênero na América Latina. Desde 2022, também mantém presença digital com o catálogo anual de artesãos, acessível em catalogofna.org.br
Feira Nacional de Artesanato. De 3 a 7/12, no Expominas (av. Amazonas, 6.200 – Gameleira, BH). Quarta a sexta, das 14h às 22h; sábado e domingo, das 10h às 22h. Ingressos no Sympla