Publicidade

Estado de Minas SHOW

Nada de ranzinza

Bom humor e irreverência de Hugh Laurie encantam o público que compareceu ao Chevrolet Hall na última sexta


postado em 24/03/2014 10:45

É sabido que muitas pessoas que estiveram no Chevrolet Hall, na noite da última sexta-feira, queriam, na verdade, ver o “Dr. House” de perto. De fato, o viram. Contudo, após o show, que durou 2h25, o público também pode comprovar a outra faceta do ator e músico Hugh Laurie. Este britânico, que cansou de ganhar prêmios interpretando o misantropo e antipático médico de Princeton-Plainsboro Teaching Hospital, na série House, é também um artista que sabe entreter a plateia, mesmo envolto num estilo musical que não arrebata a massa por aqui.

Foi um show perfeito, a começar pelo palco que reproduzia os cabarés de Nova Orleans, com abajours, tapetes, lustre e uma iluminação especial, que dava certo ar de sofisticação, que sempre ronda o blues e o jazz.  Acompanhado da talentosa e simpática Coopper Bottom Band, Mr.Laurie cantou, pulou, fez caretas, tudo como manda o bom humor inglês. Arrancou gritos e risos do público no início do show, quando disse “Muito obrigado” e “Tudo Bem?”, no conhecido sotaque de quem não domina o português.

Entre uma música e outra, fãs gritavam, pediam canções e, claro, vários “I love you” foram ouvidos, tanto que um deles conseguiu até resposta: “I love you too”, diz o músico. O público foi ao delírio. Outro fã, na plateia, comemorava aniversário e também pode se orgulhar, ao ouvir a música Happy Birthday to You, cantada pelo britânico, acompanhado da banda.  

O espetáculo teve pontos fortes como na canção Come on, Baby, Let Good Times Roll, quando o músico fez questão de ensaiar com o público o refrão. Na Kiss on Fire, gravada por Louis Armstrong, Hugh Laurie foi contagiado pelo tango, arriscando alguns passos. Chuck Berry também foi lembrado na animada C'est la Vie You Never Can Tell. Laurie não apresentou a célebre Unchain My Heart, que estava sendo pedida exaustivamente por um espectador, mas brindou os mineiros com a clássica Mais que Nada, de Sérgio Mendes, finalizando o espetáculo.

André Brasil, de 23 anos, resumiu em uma palavra o que viu: “Incrível”. Arthur Kalume, de 16, conhece todas as canções dos dois álbuns de Hugh Laurie, Let Them Talk e Didn’t It Rain. “A melhor parte foi ele dançando. Pelo que acompanho, pensei que ele fosse fazer até mais palhaçadas”, diz o jovem, lembrando a época na qual Laurie fazia sucesso na Inglaterra, nas décadas de 80 e 90, em comédias na TV.
 
Hugh Laurie no Twitter

Como o ator e cantor britânico não concedeu entrevistas, veja o que ele disse em seu perfil no Twitter (@hughlaurie) sobre o Brasil e sobre as brasileiras:

  • “I don't know what they do with the ugly people in Brazil. Maybe there's a big warehouse somewhere” (Eu não sei o que eles fazem com as pessoas feias no Brasil. Talvez haja um grande armazém em algum lugar)
     
  • “Come and hear the best band in the world at Chevrolet Hall Belo Horizonte 10.00 pm tonight. I will be handing round nuts” (Venha ouvir a melhor banda do mundo no Chevrolet Hall, em Belo Horizonte, às 10h, esta noite. Eu vou distribuir loucura)

  • “On Copacabana, I am Gulliver in the Land of Modeliput. Thonged lovelies everywhere, staring at the blotchy, sagging intruder in their midst” (Em Copacabana: sou Gulliver na terra de Modeliput. Beldades em toda parte, olhando para o sardento e flácido intruso no meio deles)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade