Os resultados do estudo feito por Cotte, em 2004, época em que teve acesso exclusivo à pintura, foram transformados em um documentário da rede de televisão britânica BBC. Usando uma técnica chamada de "amplificador de camada", o cientista teria encontrado indícios de que o quadro, originalmente, trazia a imagem de outra pessoa. "Nós podemos analisar exatamente o que está acontecendo dentro das camadas da pintura, e podemos descascá-la como uma cebola", diz o francês à BBC.
Por meio de feixes de luz não invasivos sobre a tela, pintada há mais de 500 anos por Leonardo Da Vinci, foi possível perceber as mínimas alterações nas camadas de tinta e nas cores, o que revelou uma imagem "invisível" por trás do enigmático rosto da Monalisa.
Segundo as informações oficiais, o quadro, que está em exposição no museu do Louvre desde 1797, representaria uma mulher chamada Lisa Gherardini, que viveu no séciulo XVI e era esposa de um mercador. A execução da obra foi solicitada a Da Vinci pelo político e mecenas italiano Juliano de Médici. A pintura sempre esteve cercada de mistérios e conspirações, como uma teoria que diz que a modelo retratada teria uma doença, indicada pelas mãos "inchadas".
Resta, agora, saber qual representação retrata de forma mais fiel a modelo original do pintor renascenista: a que todos conhecem ou a que está "oculta" sob as tintas centenárias.