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Estado de Minas

No Encontro, Fátima Bernardes faz enquete sobre policiais e traficantes e gera polêmica

Apresentadora pediu que convidados escolhessem quem socorreriam primeiro. Questionamento ganhou resposta do deputado Jair Bolsonaro


postado em 22/11/2016 09:20

Durante o programa Encontro do dia 21 de novembro, a apresentadora Fátima Bernardes fez uma enquete envolvendo policiais e bandidos, e gerou polêmica na internet(foto: YouTube/Super Vídeos/Reprodução)
Durante o programa Encontro do dia 21 de novembro, a apresentadora Fátima Bernardes fez uma enquete envolvendo policiais e bandidos, e gerou polêmica na internet (foto: YouTube/Super Vídeos/Reprodução)
Fátima Bernardes foi amplamente criticada nas redes sociais depois de uma enquete polêmica durante o programa Encontro de segunda, dia 21 de novembro. Além de uma campanha para desaprovar o programa da Rede Globo, com a participação de diversas pessoas, o deputado Jair Bolsonaro gravou um vídeo para condenar a apresentadora. Filiado ao PSC-RJ, ele afirma que ela dá mais atenção a traficantes do que policiais e chamou a mídia de "parcial".

Confira o momento do programa Encontro com a famigerada enquete:


Enquanto falava sobre o lançamento do filme Sob Pressão, em que médicos precisam lidar com escolhas difíceis no dia a dia das emergências, Fátima questionou se as pessoas que estavam no palco salvariam primeiro "um policial levemente ferido ou um traficante em estado grave". Os participantes em sua maioria optaram por salvar o criminoso. A escolha levou centenas de pessoas a criticarem o programa e fomentou o surgimento da campanha #EuEscolhoSalvarOPolicial.

Em vídeo gravado em frente a um batalhão de choque, Bolsonaro comenta o caso. "Uma mídia completamente parcial. Haja visto a questão que aconteceu agora, de Fátima Bernardes, que prefere conduzir o seu programa dando mais atenção a traficante ferido do que um policial, um herói, a serviço nosso nas ruas", diz o político. Ele também lamenta a recente morte de policias durante uma operação no Rio de Janeiro: "Estamos aqui em uma situação de muita dor, muito sofrimento".

"Uma política completamente equivocada sobre os Direitos Humanos, onde só a bandidagem encontra guarita contra esses também marginais defensores dos Direitos Humanos", continua. E convoca: "Vamos cada um de nós fazer a nossa parte, combater o politicamente correto. Botar um fim nos Direitos Humanos, revogar o fim da audiência de custódia, buscar maneira de a mídia valorizar esses verdadeiros heróis, que arriscam as suas vidas 24 h por dia em defesa da população de bem. Revogar também o Estatuto do Desarmamento entre outras medidas".

Outro desdobramento da controvérsia foi um vídeo divulgado pela página Segurança Pública ES, no Facebook. Nele, dois supostos policiais indagam Fátima a partir de uma situação hipotética envolvendo um caso de estupro. "Agora a gente queria fazer uma enquete: perguntar pra Fátima se ela fosse vítima de um estupro, o que a gente não quer que aconteça, mas pode acontecer, chegando no local uma ambulância que só poderia socorrer uma pessoa, tendo em vista que ela tava [sic] com uma faca e acabou atingindo o estuprador, deixando o cara gravemente ferido", propôem os supostos policiais.

Eles questionam: "E aí, Fátima, quem você socorreria primeiro? Quem a ambulância teria que socorrer primeiro: você ou o cara, o estuprador? Responde pra [sic] gente aí. Tamo [sic] aguardando sua resposta". A publicação obteve mais de 230 mil compartilhamentos e 130 mil curtidas.

Aqui está a resposta de Jair Bolsonaro:

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