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Estado de Minas SAúDE

Panela de alumínio é um veneno para a saúde

De acordo com a nutricionista, muitos utensílios podem transmitir metais pesados e compostos tóxicos para os alimentos. Saiba como escolher a melhor panela para usar em seu cotidiano


postado em 30/10/2014 09:56 / atualizado em 16/04/2015 09:58

No dia a dia, ao preparar as refeições, os consumidores nem se dão conta que o tipo da panela pode contaminar os alimentos. Isso acontece devido à liberação de resíduos presentes no material usado para a produção do utensílio. A verdade é que na cozinha o cuidado com o preparo das refeições vai muito além da escolha dos ingredientes.

A nutricionista Juraci Teresinha Verdi faz um alerta importante aos consumidores: "Temos uma grande variedade de panelas no mercado. Muitas vezes o consumidor é influenciado pelo design do produto ou até mesmo pelo preço, mas o que realmente importa é que a escolha seja feita pensando na saúde. Alguns materiais são benéficos à saúde, mas têm também aqueles que só nos trazem prejuízo".

Segundo a especialista, além da escolha da panela ideal, a dica é sempre utilizar talheres de madeira dura para manipular os alimentos. "Talheres de plástico, silicone ou metal, por exemplo, que provocam atrito e propiciam a migração de metais indesejados. O uso de plástico é ainda pior, por liberar dioxinas para os alimentos", explica.

A nutricionista explica os benefícios e os perigos dos principais tipos de panela presentes no mercado:

Antiaderente

A função antiaderente do seu revestimento (politetrafluoretileno) permite tanto a maior facilidade na limpeza quanto o uso menor de gordura nas receitas. Por outro lado, se o revestimento for danificado, acontece a migração dos metais da panela para o alimento, o que é prejudicial à saúde. Além disso, as altas temperaturas por tempo prolongado podem decompor o antiaderente e, com a degradação térmica, mais de 15 gases tóxicos, como o CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio, são liberados.

Por isso, na hora de praparar a refeição, não devem ser utilizados materiais que danifiquem o revestimento, como talheres de metal. Esse tipo de panela é indicada para preparações com baixo teor de proteínas, já que estudos sugerem que a interação desse composto orgânico contido nos alimentos com o revestimento, pode resultar em subprodutos cancerígenos.

Pedra-sabão

A natureza antiaderente e a capacidade de reter calor são suas características mais atraentes. Dependendo da matéria utilizada na sua fabricação, pode liberar quantidades expressivas de alguns minerais como cálcio, magnésio, ferro e manganês, criando uma pequena barreira que impede a migração de materiais tóxicos como o níquel.

É mais recomendada na preparação de alimentos aquosos, e não é indicada para frituras ou armazenagem de alimentos por mais de 24 horas.

Aço inoxidável

Os modelos que possuem fundo triplo atingem altas temperaturas. É composto por ferro, cromo e níquel. Este último, é um dos metais mais tóxicos da tabela periódica. Sua toxidade está associada a alergias, dermatites de contato, asma, e afeta o sistema nervoso. Entre os fatores que favorecem sua migração para o alimento estão a acidez do produto e o tempo de contato – quanto maior, mais migração haverá.

Portanto, nunca armazene alimentos nesse tipo de panela. O maior teor de água da preparação, alimentos fontes de enxofre (repolho, cebola, brócolis e couve-flor), também favorecem a migração metálica. Não use esponjas de aço para lavar a panela, pois isso pode acelerar a saída dos metais.

Vidro

É fabricada com elementos comuns na crosta terrestre como sílica, boro e sódio cálcico. O material é obtido por um processo de congelamento de líquidos superaquecidos. Seu maior atrativo é a transparência que permite ver o processo de elaboração dos alimentos.

A limpeza também é facilidade pelo material. Preço e fragilidade pesam na escolha, além de requerer atenção especial para não deixar que o alimento queime, devido às altas temperaturas que fornece.

Barro

Essa panela pode aumentar as reservas de ferro no organismo, aumentando doenças degenerativas (infarto, câncer, artrite, artrose e diabetes). É contraindicada para preparo de alimentos com baixo conteúdo de água, pois tende a desidratar e ressecar.

Deve ser conservada sempre bem seca, pois retém sujeiras facilmente em seus pequenos poros. Assim como as panelas de vidro, as manufaturadas com barro não transferem minerais e/ou metais pesados durante a cocção dos alimentos. Seu risco maior está sob o ponto de vista microbiológico. Por ter uma grande porosidade, quando não higienizadas corretamente, podem ser foco de contaminação por bactérias e fungos.

Cerâmica

É a melhor opção para a saúde e para o dia a dia. A cerâmica preserva o calor, deixando o alimento quente por mais tempo. Além disso, tem tecnologia 100% resistente a choques térmicos, não risca e é totalmente atóxica. Pode ser levada à geladeira, ao forno, ao lava-louças ou micro-ondas.

É indicada para todos os tipos de preparações, especialmente para alimentos aquosos como molhos, ensopados, caldos, feijões e lentilha. Até o momento, não se conhece nenhuma contraindicação.

Alumínio

Durante a cocção, o alumínio do recipiente migra para o alimento, podendo levar à intoxicação. Pesquisas mostram que tal migração é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. O excesso desse metal interfere com a absorção do selênio e do fósforo.

Alimentos ácidos aumentam a absorção de alumínio no organismo e aceleram a liberação do metal pelas panelas. A panela é contraindicada no preparo de alimentos ácidos e aquosos com molho de tomate e iogurte, por exemplo.

A toxicidade do alumínio se dá por que ele se liga às enzimas e proteínas, substituindo outros metais importantes para nosso corpo, causando desequilíbrio no metabolismo das células. Alguns sintomas de intoxicação leve por alumínio incluem: diminuição da capacidade intelectual, esquecimento fácil, dificuldade de concentração e perda de massa óssea. É comprovado que esse metal está associado à incidência dos males de Alzheimer e de Parkinson, às doenças do sistema esquelético, hematológico (do sangue), à constipação intestinal, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, fadiga e alterações neurológicas.

Cobre

Esse metal pode reagir facilmente com os compostos presentes na atmosfera, formando hidróxidos e outras substâncias perigosas para a saúde. O aquecimento do cobre gera oxidação, alterando a cor da panela, o que atrapalha sua aparência. O metal migra para qualquer alimento que entre em contato com ele, especialmente os mais ácidos.

Na preparação de alimentos salgados, ocorrem reações químicas com sais e óxidos produzindo toxinas. Quando há ingestão contínua de cobre, em grandes quantidades, pode haver dano renal, dores nas juntas e até lesões cerebrais, alterações nas articulações, náuseas, vômitos e diarreia.

Ferro

Suas características principais são o peso e a cor escura. Por ser feita desse material, pode levar ao aparecimento de ferrugem, o que é prejudicial à saúde.

Existem poucas evidências científicas que comprovem a liberação significativa de minerais benéficos como ferro e manganês. Fatores que podem favorecer a migração desses compostos para os alimentos são a acidez, aquosidade, tempo de cocção e a temperatura do preparo. A panela é contraindicada para frituras e para alimentos que possam ter sua aparência comprometida pelo ferro, como refogado de vegetais, chuchu e cenoura.

Esmaltada

Conhecidas também como ágata, as panelas esmaltadas atraem pelo seu design. O esmalte aplicado sobre o ferro impede a ferrugem. A base do utensílio pode ter espessura mais fina que as tradicionais panelas de ferro, garantindo maior leveza. Apresentam boa retenção de calor, aquecendo rápido o alimento e o mantendo quente.

Porém, o esmalte usado pode conter elementos tóxicos como chumbo, e os decalques da superfície interna podem conter cádmio. Como o ferro está revestido pelo esmalte não há sua liberação para o alimento.

É indicada para o preparo de carnes. A panela de ágata não deve ser usada para frituras por imersão, uma vez que o óleo pode superaquecer e se deteriorar, formando compostos nocivos à saúde.

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