
Além disso, a versão brasileira se limitou a alguns estabelecimentos do Rio de Janeiro e de São Paulo, ou seja, deixou de fora importantes casas dos demais estados, principalmente de Minas Gerais, Bahia, Brasília e Pará, por exemplo.
O restaurante paulista D.O.M., do renomado chef Alex Atala, foi o mais bem avaliado da versão brasileira do guia Michelin e recebeu duas estrelas – ele também possui uma boa classificação na lista Restaurant-World’s 50 Best, de 2014, quando ficou em sétimo lugar no mundo. Outras 16 casas levaram uma estrela, como o Dalva e Dito, em São Paulo – também sob o comando de Atala –, e o Oro, que fica na cidade do Rio de Janeiro e é dirigido pelo chef Felipe Bronze.

Para o mineiro Rodrigo Fonseca, chef e proprietário do restaurante francês Taste-Vin, que levou o título máximo da última edição da Encontro Gastrô, é normal que o guia Michelin seja restrito a algumas cidades. "Existe o guia de Londres, o de Paris e um com as principais capitais da Europa. Acho que eles optaram por Rio e São Paulo para diminuir o risco editorial, ou seja, prevenir que não se venda o guia em quantidade suficiente para justificar o trabalho de analisar os restaurantes de várias partes do Brasil", explica Rodrigo.
O premiado chef não se mostra surpreso com a restrição feita pelo guia Michelin, mas diz que é importante para um estabelecimento aparecer nessa publicação especializada. "Não é um guia elitista, mas os jurados analisam restaurantes até um certo nível de qualidade de serviço. E o padrão usado é altíssimo", analisa Rodrigo Fonseca. No Brasil, inspetores franceses e espanhóis visitaram os estabelecimentos do Rio e de São Paulo em 2014 para chegar à classificação atual.