
O resultado da pesquisa não surpreendeu Lucas Pêgo, diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG). Segundo ele, o estado é privilegiado por ter uma culinária diversa. "Além dos ingredientes, temos pratos diferentes, que podem ser degustados no almoço, no jantar e nos lanches, caso do pão de queijo", afirma ele, sobre a grande estrela mineira. Tamanha versatilidade favorece, de acordo com Lucas, a criatividade dos chefs mineiros em grandes festivais gastronômicos no estado. Quem ganha com isso é o público.
E o que não falta são bares e restaurantes por aqui. O estado é responsável por 10% dos estabelecimentos do país, segundo o diretor da Abrasel. Só em Minas, de acordo com a entidade, há 105 mil lugares que servem refeições. "BH oferece 18,6 mil bares, a maior média per capita do Brasil", diz Lucas. Não à toa, a cidade é a Capital Mundial do Boteco, título previsto em lei municipal desde 2009. Muitos desses bares foram apreciados por turistas estrangeiros durante eventos esportivos recentes e importantes como a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, no ano passado.

E o público amante da cerveja também está nadando de braçada no estado. Nos últimos cinco anos, os mineiros passaram a produzir cervejas artesanais ou especiais. Os números definitivos ainda não foram contabilizados, até porque todo dia surge um cervejeiro caseiro - e isso não é força de expressão. Entretanto, o estado pode se orgulhar de abrigar mais de 50 cervejarias, que fabricam mais de uma centena de estilos que envolvem malte e lúpulo. Tamanha movimentação já rendeu a Minas o título de Bélgica Brasileira. "Produzimos cerca de 1,2 milhão de litros por mês. Só perdemos para Santa Catarina", diz Kelvin Azevedo, presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais (Acerva-MG). No próximo ano, revela Kelvin, BH vai sediar o encontro das Acervas nacionais, o maior evento do setor. Mais uma oportunidade para que turistas retornem ao estado.
