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Estado de Minas INTERNACIONAL

Saiba mais sobre a bactéria que infectou melões na Austrália

A listeria infectou 15 pessoas que consumiram a fruta


postado em 05/03/2018 13:56 / atualizado em 05/03/2018 14:42

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
No início deste ano, a ingestão de melão amarelo causou vários casos de infecção bacteriana na Austrália. Segundo a rede de televisão britânica BBC, 15 pessoas foram infectadas pela bactéria listeria, que causou três mortes. As vítimas são dos estados de Nova Gales do Sul e Victória. O Serviço Nacional de Saúde da Austrália, que é o equivalente à nossa Vigilância Sanitária, recomendou que idosos, grávidas e crianças não consumissem o produto que estaria contaminado.

"Qualquer pessoa vulnerável à listeriose [doença causada pela listeria] deve descartar melões adquiridos antes do dia 1º de março", alerta Vicky Sheppeard, assessor de imprensa da autoridade de saúde de Nova Gales do Sul, em entrevista à BBC. Justamente nesse estado que, conforme análise preliminar, teria ocorrido a contaminação dos melões produzidos numa fazenda perto da cidade de Griffith.

Os produtos estão sendo retirados das gôndolas dos supermercados da Austrália desde janeiro, quando foram noticiados os primeiros casos de infecção pela bactéria.

Listeriose

Descoberta em 1927, a Listeria monocytogenes pode ser transmitida por meio do consumo de alimentos in natura contaminados e pela infecção cruzada, por exemplo, pelo contato com animais. Segundo o portal português Quali, especializado em segurança alimentar, essa bactéria está presente no ambiente e pode ser encontrada principalmente em matérias-primas e alimentos não processados.

Normalmente, de acordo com o site português, o micro-organismo está presente em alimentos como saladas, patês, queijos, leite pasteurizado, camarões e manteiga. Por isso, a higienização das mãos antes dos preparos e da manipulação de produtos in natura é essencial para evitar o contágio.

Em adultos, a listeria não causa maiores danos e seus sintomas costumam ser confundidos com os de outras gastroenterites. Mas, para grupos de risco, que possuem baixa imunidade, a bactéria pode gerar danos mais severos, levando até mesmo à morte e ao aborto em mulheres grávidas.

"O longo período de incubação, em alguns casos superior a 70 dias, dificulta a determinação do nível de infecção. A antibioticoterapia é necessária no tratamento da doença. A ampicilina em associação com a gentamicina ou o sulfametoxazol-trimetoprim são os antibióticos mais utilizados", informa o site Quali.

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