
Mas o melhor mesmo vem de dentro das panelas dos mais de 20 estabelecimentos espalhados por ali. Tem comida para agradar a todos os gostos - e não é força de expressão, acredite. "A minha vida está mais do que resolvida aqui", comemora a nutricionista Manuela Zoffoli, de 35 anos. Enquanto ela provava uma entrada de lula do Rullus Buffet, a pequena Maria Eduarda Zoffoli, de 7 anos, esbaldava-se com um sanduíche do W Burger, do chef Gael Paim. "E a minha filha mais nova está na área kids se divertindo. Ou seja, é programa para toda a família", diz Manuela referindo-se à caçula, Maria Fernanda, de 2 anos.

Ao lado do Ivo está Emmanuel Ruz, dono de uma estrela no conceituado Guia Michelin, com o seu restaurante Lou Fassum. Para nossa alegria, há dois meses o chef trocou Grasse, na França, por BH. Seu primeiro empreendimento é no Boca. "Amo Minas Gerais e a sua riqueza natural", diz ele, que vai logo afirmando que seu prato preferido atualmente é o feijão-tropeiro. No seu espaço, no entanto, a estrela é a tradicional comida francesa. São sete pratos, com valores de 33 a 55 reais. O mais pedido é o boeuf bourguignon gratinado com batata (49 reais). "É um sucesso", resume o chef.

A representante comercial Viviane Block, de 31 anos, e a estudante Bárbara Braga, de 26, resolveram conhecer o espaço numa sexta-feira na hora do almoço. Fora dos horários de pico (ver quadro), as amigas conseguiram sentar e pedir seus pratos com calma. "É um lugar maravilhoso e estamos encantadas", disse Bárbara, que escolheu um arroz com polvo do Zé Trindade, comandado pelo chef Fred Trindade. "Só sentimos falta de encontrar guardanapo e talheres nas mesas", diz Viviane, completando em seguida: "Sabemos que é assim no resto do mundo e precisamos nos acostumar. Na verdade, nós, brasileiros, somos preguiçosos." Por ali, não existem garçons. É cada um por si. O pagamento é através de um cartão próprio. É com ele que o cliente pagará o que consumir em todos os estabelecimentos disponíveis. Segundo o próprio Mercado, o ticket médio por pessoa é de 100 reais.

Para acompanhar essas belezuras gastronômicas, tem vinho. A carta da adega Garrafeira tem 67 rótulos, divididos em tinto, branco, rosé e espumante. A bebida também é vendida em taça. Se o seu negócio é um bom coquetel, dois bares preparam combinações clássicas e diferentonas. Um deles, o G&T, usa exclusivamente gin no preparo de suas 19 receitas, como no caso do Tanginrina (gin, morango, abacaxi, 1883 lichia, suco de laranja e espuma de tangerina). Os valores variam de 20 a 60 reais, de acordo com a escolha do destilado. Em um outro bar, os frequentadores também encontram cervejas e chopes artesanais.

Números do primeiro mês
- Investimento: R$ 8 milhões
- Público: 9,5 mil pessoas por semana
- Assentos: 940
- Vinhos vendidos: 6 mil taças
- Chopes vendidos: 25 mil
- Sobremesas vendidas: 14 mil
- Horários de pico: quinta e sexta entre 20h e 22h; sábado e domingo entre 12h e 15h