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Estado de Minas BEM-ESTAR

Biscoito de feijão-de-corda é funcional e indicado para celíacos

Novidade foi criada pela Embrapa e é rica em minerais essenciais


postado em 11/09/2018 11:48 / atualizado em 11/09/2018 11:43

Pesquisadores da Embrapa criaram um biscoito à base de feijão-de-corda, que não contém glúten e possui efeito funcional no organismo(foto: Magda Cruciol/Embrapa/Reprodução)
Pesquisadores da Embrapa criaram um biscoito à base de feijão-de-corda, que não contém glúten e possui efeito funcional no organismo (foto: Magda Cruciol/Embrapa/Reprodução)
Um biscoito à base de farinha de feijão-caupi ou feijão-de-corda (Vigna unguiculata) é a novidade brasileira para incrementar o mercado de produtos funcionais. Além de não conter glúten, o que favorece os portadores da doença celíaca e quem tem intolerância a essa proteína, o produto é feito a partir de uma variedade biofortificada desenvolvida pela Embrapa, contendo teores elevados de ferro e zinco.

A novidade foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a Embrapa Meio-Norte, do Piauí, e o Instituto de Tecnologia de Alimentos, de Campinas (SP). "O biscoito, desenvolvido a princípio na versão doce, apresenta melhor valor nutricional em comparação às formulações tradicionais, principalmente por duplicar o teor proteico", comenta o pesquisador Jorge Hashimoto, da Embrapa, coordenador do estudo, segundo matéria publicada no site da instituição.

Além de ter o dobro de proteínas em relação aos demais cereais usados na indústria de biscoitos, o feijão-de-corda é altamente nutritivo, traz benefícios à saúde e é capaz de prevenir doenças metabólicas, como o diabetes, bem como as coronarianas e o câncer do cólon.

De acordo com Hashimoto, a importância nutricional dessa leguminosa impõe à pesquisa o desafio de aumentar os níveis de substituição das farinhas tradicionais. "Farinhas de diferentes origens têm características tecnológicas distintas que influenciam na qualidade do produto final", diz o pesquisador.

O biscoito de feijão-caupi atende ao mercado de produtos sem glúten – que cresce alheio à crise econômica do país, formado principalmente por pessoas que sofrem de doença celíaca ou intolerância. Nos últimos anos, os alimentos saudáveis e funcionais têm ganhado cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros. Mais do que sabor, hoje o setor alimentício tem a preocupação de oferecer produtos que possam contribuir com a saúde. Enquanto o mercado de produtos funcionais cresce cerca de 30% ao ano no mundo, aqui o aumento tem sido superior a 40%.

De acordo com a gastroenterologista Jozelda Lemos Duarte, presidente da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia do Piauí, os produtos isentos de glúten e com potencial nutritivo são valiosos para esse tipo de paciente. "Eles são muito importantes para a alimentação das pessoas com doença celíaca, pois o tratamento básico da doença começa com a retirada total do glúten da alimentação", afirma a especialista, na matéria do site da Embrapa.

A doença celíaca, que não tem cura, atinge cerca de dois milhões de pessoas no país. A cada ano surgem pelo menos 150 mil novos casos, segundo estimativas da Federação Nacional dos Portadores de Doença Celíaca no Brasil. De acordo com a médica, a doença pode aparecer em qualquer fase da vida, atingindo principalmente pessoas de cor branca.

(com assessoria de imprensa da Embrapa Meio-Norte)

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