
A produção do uísque da Backer representa também o momento pelo qual a empresa mineira está atravessando. Dizem que beber uísque significa alcançar a maturidade. A afirmação – por que não – pode se encaixar também para quem produz a bebida. Depois de consolidar o seu nome entre os bebedores de cerveja artesanal no estado, a Backer, que surgiu da antiga boate 3 Lobos, quer, de novo, surpreender o público. "Achamos que era um bom momento para fazer o que fizemos com a cerveja, há 20 anos", diz a diretora, que revela uma expectativa de crescimento para este ano de 25%, o maior até então da marca. "Nosso uísque é muito diferente do que se encontra no mercado. Estamos trazendo algo novo", diz Paula. "É muito suave e fácil de beber. É uma porta de entrada de ótima qualidade para quem deseja conhecer mais sobre o mundo dos uísques", diz Hayan Lebbos, mestre-destilador da Backer, que ainda destaca as notas de mel, pera e frutas secas da bebida.

Tanta pujança acaba fortalecendo boatos que circulam sobre a venda da cervejaria para alguma grande multinacional do segmento. "Vivo recebendo mensagens dizendo que a Backer foi vendida", diz Paula. "Não posso garantir que isso não vá acontecer um dia. Mas durmo e acordo pensando nisso aqui. Você venderia uma coisa que você ama?" Apesar de os tempos na Backer estarem em constante mudança, tudo indica que ela permanecerá onde está.