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Estado de Minas PÁSCOA

Chocolate amargo é a melhor opção, confirma especialista

Quanto maior a porcentagem de cacau, mais benefícios para a saúde


postado em 11/04/2019 11:27 / atualizado em 11/04/2019 11:31

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

O domingo de Páscoa está chegando e, com ele, a tradição de dar e receber ovos de chocolate. Apesar de ser gostosa e "alegrar" o dia, essa guloseima ainda é considerada um alimento ruim (junk food) pelos especialistas. Mas se você faz questão de comer chocolate na Páscoa, opte pela opção mais saudável: o tipo amargo, ou seja, com alta porcentagem de cacau.

"A diferença entre o ao leite e o amargo é basicamente a proporção de cacau versus açúcar. Sabemos que o açúcar pode ter efeitos prejudiciais em nossa saúde e é melhor reduzir seu consumo, tanto quanto possível. No entanto, você sabia que o cacau é um dos alimentos mais nutritivos que existem?", comenta a nutricionista australiana Steph Warne em artigo publicado na última quarta, dia 10 de abril, no site My Body & Soul.

Geralmente, o chocolate ao leite contém cerca de 25% de cacau, sendo o restante açúcar, leite e emulsificantes. Por outro lado, um chocolate amargo de boa qualidade pode chegar a ter 85% ou mais de cacau com 10 a 15% de açúcar, sem o acréscimo de sólidos de leite ou emulsificantes. "Um pedaço de chocolate com 90% de cacau tem apenas 10% de açúcar, o que, em muitos casos, é menor do que a quantidade de açúcar presente em algumas frutas, que muitas pessoas usam como alternativa saudável aos doces", afirma a especialista.

De acordo com a nutricionista, uma das razões pelas quais o cacau é benéfico para a saúde está ligada à sua alta porcentagem de antioxidantes, que atuam como eliminadores de radicais livres e geram efeitos protetores contra câncer e sinais do envelhecimento. "Dois tipos de antioxidantes encontrados no cacau são polifenóis e flavanóides. Uma porção de cacau fornece mais polifenóis do que a maioria dos alimentos disponíveis. Os flavonoides interagem com as proteínas salivares e dá ao cacau o sabor amargo. Eles também têm efeito protetor para o sistema cardiovascular, melhoram o fluxo sanguíneo no cérebro, aumentando a função cognitiva, além de serem antiinflamatórios", afirma Steph Warne no artigo.

Os polifenóis também podem atuar na microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias boas que atuam como anti-inflamatórios. "Especialistas sugerem que os polifenóis também têm ação microbiana, podendo matar potenciais bactérias patogênicas no intestino. Com isso, aumentam as colônias de bactérias benéficas e diminuem as ruins", comenta a especialista australiana.

O cacau também é rico em outros micronutrientes. Conforme a nutricionista, o principal componente do chocolate amargo possui alta concentração de magnésio, que é necessário para muitas reações bioquímicas no corpo, incluindo as ligadas à síntese de proteínas, e ajuda no relaxamento muscular e na produção de energia. "É também uma boa fonte de cobre e ferro", completa Warne.

Por conter o neurotransmissor anandamida, essa guloseima ajuda a melhorar os sentimentos de alegria e felicidade. "Ele também contém feniletilamina, que tem efeito estimulante sobre os hormônios da felicidade, como a serotonina e a dopamina. A teobromina é outro componente encontrado no cacau, com ação antioxidante e energética semelhante à da cafeína, mas que gera pouco efeito na estimulação do sistema nervoso", explica a nutricionista no artigo recém publicado.

Vale lembrar que é justamente a presença da teobromina que transforma o chocolate em veneno para cães e gatos – eles não metabolizam a substância, que pode se acumular no organismo dos pets em quantidades consideradas tóxicas.

A recomendação de Steph Warne é que se consuma chocolate amargo, limitando a porção a dois pedaços (quadrados). Afinal, os benefícios do cacau estão relacionados à fruta in natura e muitos nutrientes são reduzidos ou perdidos durante o processo de torrefação dos grãos e feitura do chocolate.

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