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Estado de Minas ALERTA

Consumo moderado de carne vermelha ou processada aumenta risco de câncer

Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo governo do Reino Unido


postado em 17/04/2019 11:39 / atualizado em 17/04/2019 11:44

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

De acordo com um estudo realizado pelo Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, divulgado pelo jornal britânico The Guardian, comer moderadamente carnes vermelhas ou processadas, como bacon e salsichas, não é o suficiente para prevenir câncer no intestino. Na verdade, a ingestão desse tipo de alimento não deve exceder 20 g por dia. A pesquisa foi elaborada ao longo dos últimos cinco anos.

Antes, o departamento britânico recomendava o conumo máximo de carnes vermelhas ou processados em 90 g por dia (posteriormente reduziu para 70). Porém, como mostra o The Guardian, essa quantidade já é suficiente para aumentar o risco de contrair câncer, especialmente no intestino.

Segundo as autoridades de saúde do Reino Unido, 90 g desses alimentos equivale a cerca de três pedaços de carne vermelha. Num típico café da manhã inglês, por exemplo, em que se ingere duas salsichas acompanhadas de duas fatias de bacon, a ingestão de carne chegaria a 130 g, quase o dobro do recomendado pelo governo – e cinco vezes mais do que a quantidade apontada pelo novo estudo.

A pesquisa foi realizada por meio do projeto Biobank, criado pelo governo britânico e que acompanhou 500 mil pessoas por toda a vida, até o falecimentod elas. Foram usados diferentes dados para entender como seus hábitos de vida estavam relacionados com doenças que podiam contrair. Na investigação, os voluntários que ingeriam em média 76 g de carne vermelha ou processada todos os dias tiveram 20% a mais de chance de adquirir câncer no intestino em comparação com os que ingeriam cerca de 20 g.

"A carne é uma importante fonte de ferro e vitamina B12. Gostaríamos de considerar outros aspetos da saúde se pretendemos mudar a nossa recomendação. A principal mensagem para o público é reforçar o conselho do governo de que comer grandes quantidades de carne vermelha e processada", comenta o pesquisador Tim Key, da Universidade de Oxford, um dos autores do estudo, em entrevista para o jornal britânico.

Conforme o The Guardian, partindo do pressuposto de que algumas das pessoas avaliadas poderiam mentir em relação à dieta, os especialistas fizeram um ajuste nas conclusões. Ainda assim, perceberam que quem comia muita carne ou quase nenhuma, tinha tendência a exagerar no consumo ou na falta dele.

O Departamento de Saúde e Assistência Social também concluiu que aqueles que ingeriam bebidas alcoólicas tiveram o risco de tumor aumentado em 24% em comparação com os abstêmios. No entanto, o consumo de fibras e pão logo pela manhã revelou ser um importante fator protetor.

Em janeiro destre ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou uma pesquisa que associa o consumo regular de fibras à menor taxa de doenças cardiovasculares.

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