Quatro lugares pequeninos que servem comida boa em BH

Estão ali, escondidinhos entre as vitrines. Despretensiosos e mínimos, quase passam desapercebido por quem passa distraído pela calçada. Mas aí que está. Existem lugares espalhados pela cidade que são pequenos no tamanho e gigantes em qualidade. Tem cafeteria de 2,33 metros quadrados que oferece um café de primeira. Dividindo porta - ou melhor, portinha - com um chaveiro, está uma lanchonete que ostenta um dos mais gostosos pães de queijo de BH. No coração da Savassi, é um daqueles segredos guardados a sete chaves pelos frequentadores da região. E tem mais... Muito mais. Aqui, quatro estabelecimentos que provam que tamanho não é documento.

É a menor cafeteria da cidade. No espaço de apenas 2,33 metros quadrados cabem apenas o maquinário, balcão, uma pia e a barista. Não é lugar para sentar e jogar conversa fora. A ideia é pegar o copinho - biodegradável, claro - e ir bebericando pelo caminho. "É a primeira cafeteria genuinamente to go de BH", diz o proprietário Felipe Brazza. É para quem tem pressa, mas não abre mão de um café de qualidade. A bebida é preparada com grãos especiais e os clientes podem escolher se querem torra média ou intensa. O mais barato é o café coado pequeno (R$ 3). O expresso sai por R$ 5 e o duplo, por R$ 9. Para acompanhar, vale pedir o cookie de chocolate artesanal (R$ 6).

No mesmo quarteirão, um pouco mais a frente e do outro lado da rua do Copo Café, está o Poke Sim! É um corredor de 20 metros quadrados, com plantas cobrindo uma das paredes. A comida havaiana que foi o hit do último verão sobreviveu às estações e continua atraindo quem gosta de uma alimentação saudável - sem ser sem graça. Com preços que variam de R$ 25 a R$ 35, a clientela pode montar o prato de acordo com seu paladar. São quatro tipos de proteína: atum, frango, salmão e shimeji. Já as bases variam entre arroz japonês, espaguete de legumes, mix de folhas e moyashi (broto de feijão).

É para aquecer a alma. Confort food sem ser óbvio. Assim nasceu o Canja, lugar pequenino e charmoso que serve, claro, canja (R$ 19). Mas o cardápio vai além do caldo de arroz com frango - que lá ganha temperos diferentões como curry. A casa também é especializada em lamen, prato que pode ser descrito como canja japonesa. O Naruto leva macarrão de arroz, ovo caipira, nabo, naruto, barriga de porco, cebolinha e caldo de frango à base de missô (R$ 27). Para fechar a refeição, todo dia tem um bolo diferente (R$ 12). No melhor estilo casa de vó.

A referência é o chaveiro que tem um coração de cadeados pendurados na grade de sua lojinha. A lanchonete fica bem ao lado. Outra forma de achar o lugar é pelo cheiro. As fornadas de pão de queijo saem a todo momento. O forno só para de 12h às 13h. Para se ter uma ideia, são vendidas mais de 1.000 unidades por dia. A receita leva queijo canastra e provolone, o que garante um sabor mais defumado ao quitute. A lojinha, de 30 metros quadrados, é bem simples. E todo mundo que compra o salgado mais famoso de Minas (R$ 2,75) ganha um cafezinho. Dá ainda para levar a versão congelada para casa (R$ 32, pacote com 2 quilos).