2019 foi uma verdadeira ventania no mercado gastronômico de BH. A crise econômica, aliada a fatores como alta nos preços dos aluguéis, segurança e mudança de hábitos dos consumidores, fez com que muitas casas fechassem suas portas.
No dia 1º de março, foi a vez do L'entrecôte de Paris. A casa, conhecida por servir apenas um prato - entrecôte com fritas e molho de ervas -, deixou de atender a clientela depois de 5 anos de existência. O Entrecôte Bistrô, que também funcionava em Lourdes, não conseguiu se recuperar depois das chuvas que atingiram o bairro.
No dia 22 de fevereiro, O Tinto encerrou suas atividades. O antigo imóvel vai ser ocupado por um hotifruti. "Em breve, vamos abrir outro negócio. Mas, o Tinto foi fechado definitivamente", diz o sócio Matheus Mourthé. Pouco antes, o Gomide se despediu da clientela em seu Instagram: "Gostaria de agradecer aos clientes, amigos, colaboradores, fornecedores e aos parceiros que, nesse interregno de 14 anos, contribuíram para o sucesso do empreendimento". O Mes Amis, inaugurado em 2015, também não resistiu à tempestade econômica. O restaurante Maurizio Gallo resolveu manter apenas a sua unidade de Lourdes e, em fevereiro, abandonou a loja da avenida Nossa Senhora do Carmo.
No final do ano passado, foi a vez do ateliê La Parisserie, na avenida Bandeirantes, deixar os clientes carentes dos doces da chef Mariana Correa. Depois de 4 anos, a confeitaria passou a atender a pedidos por encomendas em menor escala. Pouco antes, o Mon Caviste, que estava abrigando o restaurante do francês Emmanuel Ruz, já tinha trancado definitivamente as portas. O chef acabou deixando também Belo Horizonte.
Agora é rezar para a virada da maré. Que daqui por diante tenhamos que nos despedir menos e celebrar mais.