
O lançamento oficial do festival ocorreu durante o 8º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais, realizado na Travel Next Minas, e apresentou a proposta como estratégia para impulsionar a cadeia produtiva da vitivinicultura no estado. Para a subsecretária de Turismo de Minas Gerais, Patrícia Moreira, a iniciativa marca um novo momento para o setor. “Um evento como esse é muito importante para a cultura de Minas Gerais. Além de reunir vinhos premiados do estado, o festival promove palestras e debates sobre o futuro do turismo enogastronômico. Hoje já temos experiências que aproximam o visitante das vinícolas, como hospedagens e vivências dentro das propriedades, o que fortalece esse segmento. Receber um festival desse porte significa divulgar e promover o turismo de Minas não só para o Brasil, mas também para o mundo”, afirma.
A programação terá dois formatos. Nos dias 28 e 29, quinta e sexta-feira, a agenda é voltada ao público técnico, com palestras, painéis e rodada de negócios promovida pelo Sebrae. Entre os temas estão a história dos vinhos mineiros, o enoturismo, a indicação de procedência e a experiência do setor em Portugal. À noite, os jardins do Palácio se abrem ao público com feira de vinhos, gastronomia e shows.
No fim de semana, dias 30 e 31, o evento será inteiramente dedicado ao público em geral, com feira de produtores, apresentações musicais e o Espaço Cozinha Show, que trará chefs convidados para prepararem receitas harmonizadas com rótulos mineiros. Restaurantes de Belo Horizonte também participam com cardápios especiais, sob curadoria da Abrasel-MG.
O festival reunirá vinícolas de diferentes regiões do estado — Andradas, Serra da Mantiqueira, Barbacena, Diamantina, Fortaleza de Minas e Santana dos Montes — além de coletivos como a Assolive (olivicultores), a AmiQueijo (produtores de queijo artesanal) e o Empório dos Vales.
A escolha do Palácio da Liberdade, edifício histórico da capital, busca unir tradição e inovação. Os jardins receberão as atrações musicais e a feira, enquanto espaços internos serão usados para experiências sensoriais.
Pesquisas desenvolvidas pela Epamig também terão destaque. A instituição foi responsável pela adoção da técnica da dupla poda, que transformou a produção no Sul de Minas e em outras regiões, elevando a qualidade dos vinhos e projetando o estado no cenário internacional. Hoje, Minas contabiliza 436 hectares de vinhedos em produção, 124 produtores ativos e um movimento econômico estimado em R$ 120 milhões por ano.