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Estado de Minas BEM-ESTAR

Cães também podem sofrer com o Mal de Alzheimer

Disfunção cognitiva no pet é similar à dos humanos


postado em 20/09/2018 13:40 / atualizado em 20/09/2018 13:21

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

A domesticação e os milhares de anos de convivência com os humanos fez com que a expectativa de vida dos bichinhos de estimação aumentasse bastante em relação ao que teriam na natureza. Com isso, os pets passaram também a apresentar problemas degenerativos da mente, que leva a mudanças no comportamento. A síndrome da disfunção cognitiva é uma das doenças mais frequentes entre os cãezinhos idosos.

Assim como o Mal de Alzheimer nos humanos, o problema é caracterizado pelo envelhecimento das células do cérebro. "Apesar de não ter cura, quando diagnosticado no início é possível retardar o seu avanço e controlar os sintomas, proporcionando cuidados para garantir melhor qualidade de vida aos bichinhos de estimação", afirma a veterinária Carolina Dias Jimenez, da Petz.

Com o envelhecimento dos animais domésticos, ocorre a deposição de uma proteína chamada amiloide nos neurônios e em todo tecido cerebral, que causa a morte gradual das células.

Normalmente, a doença se manifesta a partir dos 10 anos, tendo como sintomas a desorientação (envolve momentos de agitação e/ou de sonolência); redução de atividade física; mudanças no padrão do sono; perda de memória visual; e alteração nos hábitos de higiene. "Eles começam a olhar para o nada, se perdem atrás de móveis, não reconhecem o dono, dormem mais tempo durante o dia e, à noite, ficam zanzando pela casa compulsivamente", explica a veterinária.

Com a evolução do problema neurológico, eles passam a não saber mais como beber água ou comer, não conseguem mais deglutir, podem parar de andar, levando a uma série de consequências à saúde.

Tratamento

Por meio do acompanhamento veterinário, o tratamento é feito com antioxidantes, que vão retardar o envelhecimento celular e, consequentemente, a liberação da substância amiloide. Também é usada medicação que aumenta a vascularização no cérebro, melhorando o seu funcionamento. "É uma doença degenerativa, como no ser humano. O acompanhamento veterinário poderá retardar os sintomas e minimizar os efeitos, mas vai continuar evoluindo", esclarece Carolina JImenez.

Quando o animal começa com os sinais neurológicos, é importante fazer uma ressonância magnética ou algum outro tipo de exame mais apurado para excluir problemas como tumor cerebral, que tem tratamento oposto ao Alzheimer. Mas o diagnóstico é clínico, pois nenhum exame mostra as alterações.

Prevenção

Além de ter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas frequentemente, a indicação é começar com antioxidantes e vitaminas o mais cedo possível, por exemplo, a partir dos 8 anos. Outra opção são rações ricas em antioxidantes que auxiliam no combate aos radicais livres e, por sua vez, combatem o envelhecimento.

Normalmente, as raças pequenas como yorkshire, maltês e schnauzer são mais predispostas à doença, principalmente porque a expectativa de vida delas é maior. Para que o pet fique bem, no entanto, a compreensão e atenção dos donos são ótimos tratamentos.

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