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Estado de Minas JUSTIÇA

Lewandowski quer liberar Lula para dar entrevistas

Proibição está em vigor desde antes das Eleições 2018


postado em 04/12/2018 11:45 / atualizado em 04/12/2018 11:50

(foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)
(foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)

Em despacho emitido na última segunda, dia 3 de dezembro, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer liberar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar entrevistas aos veículos de comunicação. Na decisão, o ministro afirma que essa proibição não tem mais validade, e por isso o político estaria livre para falar com jornalistas.

Na ocasião, Lewandowski aproveitou para encaminhar ao ministro Dias Toffoli, presidente do STF, duas petições para que a Suprema Corte abra caminho para a realização de entrevistas.

O magistrado quer que seja cumprida a liminar (decisão provisória) concedida por ele em 28 de setembro autorizando Lula a conceder entrevistas à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, e ao jornalista Florestan Fernandes. Na ocasião, a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou nota afirmando que não recorreria da decisão, em respeito à liberdade de imprensa.

No entanto, o ministro Luiz Fux acolheu um pedido do partido Novo e suspendeu a liminar do colega, alegando que, ao falar com a imprensa, o ex-presidente poderia confundir o eleitor e causar "desinformação" às vésperas do primeiro turno das eleições.

Numa disputa de liminares, Lewandowski, em seguida, proferiu nova decisão, reafirmando a autorização para que Lula falasse com jornalistas. Toffoli, porém, interveio, e fez prevalecer o entendimento de Fux até que o caso fosse apreciado em plenário, o que nunca ocorreu.

Na decisão de segunda (3), Ricardo Lewandowski diz que a argumentação que impedia a entrevista "foi esvaziada" após a realização da eleição para presidente. "Portanto, não há mais o suposto risco de interferência no pleito, pelo que cumpre restaurar, sem mais delongas, a ordem constitucional e o regime democrático que prestigia a liberdade de expressão e de imprensa", diz o ministro em seu despacho.

Ele quer que Toffoli considere prejudicada a decisão que impedia a entrevista de Lula, passando a valer assim a liminar que autoriza o acesso de jornalistas ao ex-presidente.

Desde 7 de abril, o ex-presidente petista cumpre, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR), pena de 12 anos e um mês de prisão, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

(com Agência Brasil)

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