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Estado de Minas 47 DIAS DEPOIS

Senado cria CPI de Brumadinho para investigar tragédia

Primeira reunião será nesta quarta, para definição do presidente da comissão


postado em 13/03/2019 08:40 / atualizado em 13/03/2019 08:55

(foto: Alexandre Rezende/Encontro)
(foto: Alexandre Rezende/Encontro)

Após 47 dias do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), o Senado instala nesta quarta, dia 13 de março, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as causas da tragédia ambiental e humana. Na primeira reunião da CPI, proposta pelos senadores Carlos Viana (PSD-MG) e Otto Alencar (PSD-BA), será eleito o comando da comissão.

Além de Viana e Alencar, vão integrar a CPI de Brumadinho os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha (PSDB-MA), Dário Berger (MDB-SC), Márcio Bittar (MDB-AC), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (PSB-GO), Telmário Mota (Pros-RR), Jean Paul Prates (PT-RN), Wellington Fagundes (PR-MT), Selma Arruda (PSL-MT), Rose de Freitas (Pode-ES) e Leila Barros (PSB-DF).

A CPI de Brumadinho recebeu o apoio de 42 senadores. Conforme o requerimento de criação, apresentado no dia 7 de fevereiro, o prazo para apuração das causas do rompimento da barragem da mineradora Vale será de 180 dias. O levantamento mais recente da Defesa Civil de Minas Gerais confirma 197 mortes e 111 desaparecidos na área atingida pela lama da barragem.

Os senadores anunciaram a intenção de convocar os responsáveis pela fiscalização da barragem, representantes do Ministério Público, do governo estadual e dos órgãos ambientais. Devem ser ouvidos representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Mineração (ANM). Para Otto Alencar, a apuração das responsabilidades vai permitir a elaboração de normas para evitar outras tragédias da mesma natureza.

"É preciso investigar e dar resposta à sociedade, sobretudo ao povo de Minas, que anseia pela investigação e punição, não só no que se refere à Vale, mas aos homens da empresa e do governo de Minas que favoreceram a instalação da barragem. O rio Paraopeba está praticamente sem oxigênio, está morto e pode continuar assim por 30 anos. Temos que impedir que novas tragédias aconteçam em um setor importante para o país, mas que não pode se autorregular", afirma o senador baiano.

A ideia inicial era a formação de uma CPI Mista, com participação de deputados federais, mas a Câmara não encaminhou nomes de parlamentares para a formação da comissão.

(com Agência Senado e Agência Brasil)

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