Buona gente
Mais do que manter a tradição italiana, a família Picchioni é uma semeadora de amigos em terras de Minas. O Grupo H.H. Picchioni, que inclui a Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários e a representação da American Airlines em Belo Horizonte, Salvador e Recife, acaba sendo um pretexto para confraternizações. Isso porque, mais do que um retrato na parede – desde 1945 –, é mantida acesa a memória do patriarca, Heitor Picchioni, que até o fim da vida, aos 81 anos, almoçava com os filhos no melhor estilo “mesa italiana”. Os irmãos Celso, Heitor, Hugo, Eduardo e Glória mantêm a cozinha no escritório, onde estreitam laços e negócios com amigos, clientes e parceiros.
Buon viaggio
Entre umas e outras na “távola redonda”, os Picchioni se divertem e acumulam belas recordações e amizades das fam trips (viagens de familiarização) que promovem – by American Airlines – acompanhando convidados. A família já levou, ao longo de 20 anos, centenas de jornalistas e agentes de turismo para conhecer os destinos da AA, a partir de Miami. As fam trips passam por ótimos hotéis, restaurantes, city tours, centros de compra etc., geralmente promovidas em conjunto com o Convention & Visitors Bureau local.
Buon ritorno
Os felizardos viajantes – incluindo as agências premiadas, anualmente, com o Top Ten, “os dez mais” em vendas de passagens da companhia aérea – trazem um grande retorno para a “cadeia”: embarcaram de Minas, ano passado, 40 mil passageiros pela AA, aquém da demanda. Daí, o pedido ao Departamento dos Transportes dos EUA (DOT) e ao governo do Brasil para que sejam diários os atuais três voos semanais diretos BH-Miami, que se conectam com mais de 250 destinos, como Nova York, Las Vegas, Caribe e Paris. A American liga nossa capital ao mundo não só pelos voos, mas pela revista de bordo, colocando BH nos roteiros, em propagandas no exterior, e integrando-a ao sistema de reserva por computador, o Sabre; além da referência à nossa “Dogville” em todas as agências de viagem do mundo, em rede.
Punta pujante
Falando em parcerias com a American Airlines, depois da escala em Miami, a coluna conferiu Punta Cana, na República Dominicana, a bola da vez no Caribe. Já notório entre americanos, canadenses e europeus, e recentemente descoberto por brasileiros, o destino surpreende pelo lado chique, com muitos resorts de luxo, a maioria do tipo all inclusive. Turistas vão atrás de praias deslumbrantes – as melhores do planeta, segundo a Unesco –, cassinos e campos de golfe. Apesar de o país ser do tamanho do estado do Rio de Janeiro, é impressionante o investimento em turismo feito pelas redes estrangeiras que movem sua economia. Enquanto eles recebem 7 milhões de turistas por ano, o Brasil abocanha apenas 5 milhões. Na alta temporada, cerca de 50 voos diários aterrissam só em Punta Cana.
Punta pulsante
Os finos e imensos resorts são ancorados pelos mais cobiçados campos de golfe, os preferidos de Bill Clinton e George Bush (pai) – são 27 no país – e spas. Os brasileiros, cada vez mais, são mais frequentes – de 2009 para 2010, 89%; e até abril de 2011, 147%. Como em Miami, lá houve um boom imobiliário. O mercado caiu e agora volta quente: há condomínios com casas de dois a três milhões de dólares. Não é à toa que Donaldo Trump está aterrissando no paraíso. Entre os resorts, recomendamos o recém-inaugurado Hard Rock Hotel & Casino, do megaempresário mexicano Carlos Slim, e o Iberostar, além do Hilton e Hyatt, que chegam em breve. Em Cap Cana – ninho do jet set, frequentado por nomes como Oscar de la Renta, Julio Iglesias e Shakira – está o Secrets Sanctuary, verdadeira pérola. À noite, as tribos se esbaldam na Imagine, boate encravada numa gruta, em meio a morcegos e aves raras. O melhor de tudo? O custo/benefício: viajar para Punta Cana é mais barato do que por nossas praias.
Em uma das aventuras de bike pela Europa, Marco Malzone e Claudio Rodarte (em pé), com Wagner Mattos e Marcos “Bodinho” Carneiro (agachados), pedalando pela cidade que é o avesso de seu nome, Prachatice, próxima a Praga |
Prazer sobre rodas
Grupo de empresários de Belo Horizonte, donos de motos BMW R1200 GS, foi para Milão, no último mês, e de lá partiu para um tour de 15 dias pelos Alpes europeus, entre as mais belas paisagens da Itália, Suíça e Áustria. No “time” estavam o ex-piloto Toninho da Matta e Marcos “Bodinho” Carneiro, embalador de ideias e aventuras sobre rodas que, há três anos, encabeçou um giro de Praga a Viena, mas de bike. “O espírito é viajar para praticar esporte, fugindo do paradigma de compras e privilegiando lugares onde reina a natureza”, conta.
Perigo sobre rodas
Talvez só lá fora mesmo dê para curtir com tranquilidade umas pedaladas. O número de roubos de bicicletas é alarmante, e cada vez mais comum por aqui, já que um bom exemplar custa cerca de R$ 20 mil. Recentemente, um ciclista andava de bike pela BR-040 – e tem como praticar na cidade? –, quando foi seguido por um sujeito numa caminhonete. Para escapar, atravessou a via e se refugiou na pista marginal, entrando no Mix Garden, onde funcionários preparavam uma festa. Armado, o assaltante rendeu o pessoal e levou a bicicleta. Enquanto isso, no primeiro mundo, os ciclistas ganham mais e mais espaços, com segurança garantida pelas ótimas pistas e policiamento, tanto nas vias urbanas quanto em rodovias.
Em noite da Chandon Excellence, na 68 La Pizzeria, Viviane Wiegratz e Eveline Paterlini, ladeando a anfitriã Lilian Mesquita, que inaugura, no próximo mês, uma parrilla em Lourdes, e mais para frente, sua pizzaria em São Paulo |
Mesas e palcos estrelados
Vem aí o 14º Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, de 19 a 28 de agosto, privilegiando a culinária da cidade. Para Rodrigo Ferraz, um dos realizadores do evento, “o grande desafio é não só promover a gastronomia brasileira, mas ajudar no desenvolvimento de Tiradentes como referência no turismo gastronômico”. O chef Alex Atala – que comanda o D.O.M. (SP), 7º melhor restaurante do mundo, colocando o Brasil à frente da França, segundo a revista inglesa Restaurant – comandará um festim na pousada Villa Paolucci, na noite de abertura, ao lado da chef mineira Beth Beltrão, proprietária do restaurante Virada’s do Largo (elogiado pelo Guia Quatro Rodas), em Tiradentes. No capítulo musical, Ed Motta e Daisy Cipriano (Fat Family) se encontram no palco principal, dia 27. Jazz, chorinho e samba fazem parte da programação cultural.
Fazendo e acontecendo no dia e na noite de Belo Horizonte: Bel Santos, Paulo Henrique Pentagna Guimarães e Haida Mendonça |