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Estado de Minas CAPA

Guerreiros da fé

­Um dos desafios a ser enfrentado pelo novo papa é a perda de fiéis, cujo número cai ano a ano, inclusive no Brasil. Saiba quem são e como atuam alguns do principais padres mineiros que estão ajudando Francisco a cativar os católicos


postado em 12/04/2013 13:10 / atualizado em 12/04/2013 14:50

Ele está encantando o mundo com gestos simples e emblemáticos. O sorriso está sempre estampado no rosto. Sua repulsa ao luxo e à ostentação cativa fiéis cansados de pompa e escândalos. O diálogo com interlocutores é direto e o recado é claro: é hora de uma Igreja mais próxima das pessoas. Sua vida, marcada por hábitos franciscanos e pela defesa da população carente, está sendo apontada como exemplar. Dessa forma, e aparentemente com essas armas, o argentino e então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, eleito papa Francisco no mês passado, espera encontrar os caminhos para enfrentar um dos principais desafios da Igreja Católica no século XXI: a redução dramática do rebanho, cujas ovelhas têm sido atraídas para outras crenças ou simplesmente optaram por deixar a religião de lado. É uma missão gigantesca, que ultrapassa os muros do Vaticano. Para dar conta do recado, o novo pastor precisará de um exército dinâmico e engajado nos quatro cantos do planeta.

No Brasil, os soldados de Francisco já estão a postos. Encontro foi procurar exemplos de padres que, munidos de criatividade, ação, tecnologia de comunicação e discursos sólidos, têm abraçado o bom combate da fé e atraído fiéis. Alguns usam meios de comunicação clássicos, como rádio e televisão; outros aventuram-se pelas redes sociais (Twitter, Facebook, blogs e YouTube), e uma boa parte faz das missas um ato  realmente participativo. Hoje já é possível, por exemplo, assistir à missa de várias paróquias da capital via internet. Ou pagar o dízimo com o cartão de crédito. Mas, independentemente do método usado, os religiosos ouvidos por Encontro concordam que, de fato, a perda de fiéis é o desafio mais urgente.

De maneira constante e crescente, a mais poderosa instituição religiosa do Ocidente está perdendo a hegemonia no Brasil. Se até meados do século XX  quase a totalidade dos brasileiros se declarava ligada à instituição de Roma, durante os últimos 50 anos a quantidade de católicos despencou ladeira abaixo. Embora ainda continue majoritária no país, na última década a Igreja Católica experimentou uma perda sem precedentes. Pela primeira vez na história, a quantidade de fiéis encolheu em números absolutos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados no ano passado (ver quadro): em 2010, havia quase 1,7 milhão de católicos a menos que em 2000. Enquanto em uma década a população brasileira aumentou 12,3%, no mesmo período o total de católicos diminuiu 1,4%. As igrejas evangélicas já detêm 46 milhões de adeptos.

 “A queda foi mesmo significativa”, avalia o professor do Departamento de Ciências da Religião da PUC Minas, Rodrigo Coppe Caldeira. “Ela começou de maneira mais acentuada a partir dos anos 1970, quando o catolicismo passou a perder espaço para as igrejas evangélicas, e se acentuou na última década”, afirma. Coppe ressalta, no entanto, que tal diminuição teve outra importante razão: o crescimento dos chamados “sem religião”. “Não podemos nos esquecer de que muitos brasileiros simplesmente pararam de professar qualquer tipo de religião. O país hoje é muito mais laico do que era há 50 anos”, explica.

É neste cenário incerto que os soldados de Francisco se movem. “Acho fundamental o uso dos meios de comunicação para a evangelização”, afirma padre Cândido da Silva, da igreja São Sebastião, no bairro Barro Preto, na capital, que há mais de 15 anos comanda o programa Questões de Fé na TV Horizonte. Segundo ele, não há como negar que os evangélicos souberam explorar melhor a mídia. “Não podemos virar as costas para todo tipo de comunicação. No papel de evangelização, eles cumprem a função de despertar e são fundamentais”, conta.  Um dos mais populares padres da capital, ele faz, porém, uma ressalva: “É claro que a gostamos de ver a missa sempre cheia e animada, mas não a qualquer preço. É preciso manter certos limites”. Segundo ele, a Igreja não deve encarar a questão do número de fiéis como se ela fosse uma empresa comercial, que atende a consumidores. Ou ainda como um partido político, que precisa manter sua identidade para reter afiliados. “A Igreja não é um serviço como outro qualquer. Não tem a obrigação de agradar sempre”, resume.

Padre Cândido dá um exemplo esclarecedor da forma pragmática, e muitas vezes equivocada, de como algumas pessoas se relacionam hoje com a religião: a celebração de casamentos. “Toda semana, recebo pelo menos um telefonema de algum casal perguntando se eu faço casamentos fora da igreja. Quando digo que não, já que esta prática é proibida na nossa arquidiocese, as pessoas ficam irritadíssimas. E vêm com aquele discurso: ‘É por isto que a Igreja perde tantos fiéis’. Acho isso lamentável: muita gente encara a Igreja simplesmente como mais um serviço”, afirma. “Ademais, é preciso respeitar as regras, aceitá-las. Isso faz parte.”

Além de ter invadido a mídia, outra importante transformação aconteceu no catolicismo: a forma de celebração. Começou com as mudanças provocadas pelo Concílio do Vaticano II, em 1962, quando os padres deixaram de celebrar as missas em latim e de costas para o público, e chegou até mais recentemente, quando o chamado movimento de Renovação Carismática ganhou grande importância em todo o país.

A partir da Renovação Carismática, as missas ficaram mais animadas, com muita cantoria e palmas. “Em muitas igrejas, ela acabou virando quase um programa de auditório”, diz um estudioso no assunto que prefere não se identificar.

Segundo alguns teólogos, com a Renovação Carismática o ritual dos católicos estaria, de certa maneira, imitando as celebrações evangélicas. Tal análise é contestada pelo padre Fernando Lopes Gomes, da paróquia de Santo Inácio de Loyola. “A mudança no ritual é muito anterior ao movimento da Renovação. Ela começou já com o Concílio do Vaticano II e foi se aprofundando com o passar do tempo”, explica padre Fernando, que atualmente é o coordenador geral da Rede Catedral de Comunicação, formada pela TV Horizonte, Rádio América, Rádio Cultura e Jornal de Opinião. Segundo ele, o uso da TV e do rádio pelos católicos nunca foi uma resposta aos programas dos evangélicos, que acabaram virando uma verdadeira febre. “Usamos os meios de comunicação porque eles hoje são fundamentais para conseguirmos levar a palavra de Cristo para mais lugares.”



Além da mídia, alguns religiosos se valem ainda do teatro para algumas de suas cerimônias. Caso do padre Geraldo Magela, do santuário de Santo Expedito. Em algumas de suas missas, rezadas em datas especiais para os católicos, como o Natal ou a Semana Santa, o Evangelho é, literalmente, encenado. “Acho importante que a gente fale a língua do povo, sem complicações”, explica padre Magela, que mantém dois programas na Rádio Gospa Mira.  Outros preferem focar em fortes ações sociais, como o padre Alexandre Fernandes de Oliveira, pároco da igreja de Nossa Senhora Rainha, do Belvedere. Exemplo de liderança comunitária, ele participou ativamente da construção física e da construção da comunidade fraterna que se formou ali. “O líder é aquele que sabe desenvolver os valores das pessoas”, costuma dizer. A paróquia de padre Alexandre mantém um programa de alfabetização de adultos e um ambulatório com a participação voluntária de médicos e dentistas.

Outro que também aposta no social é padre Wagner Calegário de Souza, de 32 anos. Depois de comandar, entre 2008 e 2010, dois programas na Rede Catedral – o Minuto Vocacional e Vida e Missão –, ele hoje trabalha como administrador da paróquia Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, na Vila Cafezal, no bairro Serra. Para ele, a mídia é importante na divulgação da palavra de Cristo – mas padre Wagner prefere o contato direto com o povo.

“Meu trabalho de evangelização me deixa feliz. Me sinto bem podendo ajudar a diminuir, um pouco, o preconceito que muita gente ainda tem pela população que mora em favela”, afirma o religioso, que desenvolve um importante trabalho na Pastoral da Criança e na Fundação Sara, que ajuda no tratamento de crianças com câncer.

Com a descoberta da mídia pelos católicos, os chamados padres cantores passaram a ser importantes aliados no combate à perda de fiéis. Figuras como padre Marcelo Rossi ou padre Fábio de Mello tornaram-se verdadeiros astros pop. Mais recentemente, padre Chrystian Shakar, de Divinópolis, tornou-se fenômeno de internet. A publicação no YouTube do seu vídeo 10 conselhos para quem quer arrumar alguém virou uma coqueluche. Sem sair do interior de Minas, ele ganhou a imprensa nacional. “Acho fundamental o uso da internet para levarmos a palavra de Deus. Jamais atingiria milhões de pessoas de outra maneira”, afirma padre Chrystian. Com dois programas diários na Rádio América, o padre Carlos Antônio da Silva, do santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, é outro grande entusiasta dos meios de comunicação como forma de evangelização. Ele viu o número de fiéis disparar desde que, há um ano, começou a trabalhar na mídia. “No domingo, nossa missa reúne uma média de 2 mil pessoas. Muitas delas me dizem que ouvem o meu programa”, diz, satisfeito.

Tanta exposição na mídia, contudo, às vezes cobra seu preço. Não são poucos os dilemas de tanta visibilidade. Um deles reside no fato de que cultivar a estampa de galã pode provocar fantasias em fiéis desavidos. A pergunta, então, que se torna inevitável é: como conciliar a necessidade de se adotar uma linguagem mais moderna com os limites que a liturgia impõe?

O papa alemão Bento XVI, até por sua natureza mais fechada, optou por um caminho mais restrito. Quando esteve no Brasil, em 2007, evitou encontrar-se com padre Marcelo. O ex-papa não é um entusiasta da Renovação Carismática, embora não a reprove explicitamente. Já o papa Francisco, mais extrovertido – e dono, ele próprio, de uma extraordinária facilidade para se comunicar –, dá indícios de que vai privilegiar uma estrutura mais espontânea.

“A liturgia não é palco para autopromoção”, afirma o padre Danilo César dos Santos Lima, titular da paróquia de Sant’ana, no bairro da Serra. Mas, a despeito de opiniões como essas, a Igreja Católica dá sinais de que está crescendo   justamente nos templos que expressam a liturgia de maneira mais contemporânea – ou seja, quase um show. “Não podemos nos esquecer de que somos, em primeiro lugar, padres”, diz padre Cândido. O alerta é bastante apropriado, principalmente quando se tem noticias, aqui ou ali, de um ou outro padre confundindo os papéis.

Frei Cláudio, vigário da paróquia Nossa Senhora do Carmo, no bairro Sion, tem opinião própria em relação à arte de arrebanhar fiéis. “Padre bonitão não me cheira bem. A prioridade de nossa paróquia é outra: não queremos apenas trazer os fiéis para dentro da igreja só para encher o templo. Queremos multiplicar o espírito de fraternidade. E um gesto vale mais que mil palavras”, ensina.

Em matéria de gestos, o papa Francisco tem sido absolutamente exemplar – mas o futuro da Igreja Católica não depende só dele. Está, também, nas mãos de seu exército de soldados.

Padre Fernando Lopes(foto: Samuel Gê)
Padre Fernando Lopes (foto: Samuel Gê)


O padre casamenteiro

Quando ele assumiu o comando da igreja de Santo Inácio de Loyola, no bairro Cidade Jardim, a tradicional paróquia vivia um momento de crise: a juventude tinha desaparecido. Em 15 anos de trabalho, o simpático padre Fernando Lopes mudou radicalmente esse quadro e conseguiu atrair jovens não só da região, mas de toda a cidade. Casar na sua igreja virou quase uma moda entre os belo-horizontinos dispostos a encarar o altar. Conseguir um horário lá para a cerimônia é tarefa quase impossível. E que pode durar, às vezes, mais de um ano. “Já pensei até em abrir horários de madrugada para tentar atender a todos”, confessa o padre, que gostou do novo papa: “Ele, ao mesmo tempo  que resgata valores do Concílio do Vaticano, tem o semblante de uma pessoa acolhedora, firme e esclarecida. O novo papado já foi tratado nos meus últimos sermões da paróquia e será novamente citado durante as próximas celebrações”.

Frei Cláudio van Balen(foto: Samuel Gê)
Frei Cláudio van Balen (foto: Samuel Gê)


Os sermões do holandês

A dura infância vivida durante o nazismo por frei Cláudio van Balen na sua terra natal, a Holanda, talvez explique a maneira direta e corajosa de falar desse religioso que chegou a Belo Horizonte nos anos 1960. Suas homilias são acompanhadas por centenas de pessoas que, toda semana, vêm de várias partes do estado só para ouvir seus ensinamentos. Politizado, sua liderança lhe causou problemas durante a ditadura militar. Em 2010, quase acabou transferido da paróquia. Os fiéis da igreja de Nossa Senhora do Carmo se mobilizaram para impedir a transferência. “O importante é que os fiéis possam vivificar os ensinamentos da missa na sua vida diária”, ensina. Frei Cláudio gostou do novo papa: “Chega de tanta ostentação. Gostei muito da indicação porque ela significa isto: ele é um homem simples. Tenho esperanças de que seu pontificado signifique uma descentralização da Igreja. E que Roma possa estar atenta às demandas particulares de cada país. Para nossa igreja, significa um olhar maior para os mais pobres”.

Padre Chrystian Shankar(foto: Gualter Naves)
Padre Chrystian Shankar (foto: Gualter Naves)


A estrela do Youtube

Sem sair de Divinópolis, o padre Chrystian Shankar se transformou em um dos grandes fenômenos midiáticos do último ano. A ideia de colocar sua tradicional missa da família (que no domingo é acompanhada por cerca de 12 mil pessoas) no YouTube foi de alguns dos seus jovens fiéis. A princípio, ele confessa que ficou meio desconfiado, mas depois acabou cedendo. Hoje já tem mais de 40 vídeos no Youtube. E que já foram acessados mais de 6 milhões de vezes. Em um dos vídeos do religioso do interior de Minas, ele dá dicas de como encontrar o namorado ou namorada certa – do tipo “tenha outros objetivos na vida além de procurar alguém” ou “quem não procura, não acha”. Ele gostou do novo papa. “A opção pela simplicidade e humildade do papa Francisco é fundamental para nós. Manteremos o foco firme nesses pontos”, garante.

Padre Cândido(foto: Samuel Gê)
Padre Cândido (foto: Samuel Gê)


O compositor do hino da jornada

Muitos católicos já se acostumaram a assistir, todo sábado, ao programa Questões de Fé, na TV Horizonte, apresentado pelo padre José Cândido da Silva. O que pouca gente talvez saiba é que, além de apresentador de TV, padre Cândido é um consagrado compositor de músicas religiosas. Foi ele, por exemplo, o vencedor do concurso nacional que escolheu a canção que será cantada na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. O encontro mundial de jovens católicos, que acontece em julho no Rio de Janeiro, contará com a participação do papa Francisco. Bastante centrado, padre Cândido não demonstra nenhuma vaidade de ver sua canção cantada na primeira visita internacional do novo papa. “Claro que fiquei muito feliz de ter ganhado o concurso. Mas sou, antes de tudo, um padre. E minha carreira de compositor serve apenas para levar a palavra de Cristo para mais pessoas.” Padre Cândido está feliz com a escolha do novo papa. “Foi uma excelente escolha. Depois de um papa alemão, mais intelectualizado, tímido e introspectivo, teremos agora um homem mais expansivo, latino-americano, e que  gosta de falar direto no coração das pessoas. Na minha paróquia, nada muda”, diz.

Padre Geraldo Magela(foto: Samuel Gê)
Padre Geraldo Magela (foto: Samuel Gê)


O homem do campo

Um dos templos mais procurados pelos católicos da capital, o santuário de Santo Expedito, no bairro Álvaro Camargos, nasceu de uma promessa feita pelo agora padre Geraldo Magela a sua mãe. “Sou de uma família muito pobre e não tínhamos dinheiro para o meu seminário. Ela então fez uma promessa de que, se um dia eu me tornasse padre, ergueria um templo em homenagem a Santo Expedito”, conta, emocionado, o pároco da igreja do santo das causas urgentes. Padre Geraldo pagaria muito bem a promessa feita pela sua mãe: todo dia 19 de abril, o santuário comandado por ele recebe mais de 10 mil pessoas. Além disso, ele comanda anualmente uma missa sertaneja que acontece em junho. “Sou da roça e tenho muito orgulho disso. Nesse dia, presto homenagem ao homem do campo e fazemos uma grande festa com comidas e bebidas típicas do interior”, afirma, orgulhoso.  O papa Francisco tem a simpatia do padre Geraldo. “A própria escolha do seu nome já revela como deverá ser seu pontificado. Francisco foi o santo da reforma, de mudanças importantes dentro da Igreja. Desde sua eleição, tenho sentido os fiéis mais esperançosos e felizes.”

Padre Carlos Antônio da Silva(foto: Samuel Gê)
Padre Carlos Antônio da Silva (foto: Samuel Gê)


O religioso da padroeira

O santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, é um dos pontos de peregrinação mais importante dos mineiros. E quem tem hoje mais de 50 anos talvez se lembre da grande festa acontecida em julho de 1960 na praça da Liberdade, quando Nossa Senhora da Piedade foi proclamada protetora de Minas. Nos últimos tempos, o santuário ganhou um importante aliado: o padre Carlos Antônio da Silva. Seu programa diário no rádio vem ajudando a aumentar ainda mais o número de fiéis que visitam o local. “A mídia é um instrumento importante na divulgação da palavra de Cristo. Mas nunca me esqueço de que o mais importante é o acolhimento. A simplicidade, que temos visto nestas primeiras semanas de papado de Francisco, me serve de inspiração. A Igreja deve estar próxima de todos”, afirma o religioso. Todos os domingos, depois da missa, ele faz questão de ir até a porta do santuário e abraçar seus fiéis. Ele confessa que o novo papa deixou-o emocionado. “Ele é um homem simples, de acolhimento e ternura. Na minha igreja, sigo este ensinamento: acolher as pessoas da melhor maneira possível.”

Padre Wagner Calegário de Sousa(foto: Cláudio Cunha)
Padre Wagner Calegário de Sousa (foto: Cláudio Cunha)


O padre do morro

O jovem padre Wagner Calegário de Sousa é um bom exemplo de que a Igreja se renova de maneira forte e constante. Formado em Filosofia e Teologia na PUC Minas e cursando atualmente especialização em hermenêutica bíblica, com apenas 32 anos ele já se transformou numa importante referência na capital. E vivifica bem a nova imagem que a Igreja Católica está construindo. Homem simples, não esconde a surpresa que sentiu com a escolha do novo papa. “Como todo mundo, também fiquei muito surpreso. Surpreso e feliz”, conta, emocionado. “Ele está nos ensinando que é preciso que a gente seja aquilo que é, sem forçar nada. Sem buscar estereótipos”, afirma. “No seu chamamento Jesus Cristo procura pessoas, não atores”, diz.

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