


Em estágio avançado, a ulceração dos papilomas pode ocasionar infecções. O problema se agrava quando a proliferação dos tumores chega a obstruir a faringe do animal, que passa a não conseguir se alimentar. "Nesses casos, a intervenção cirúrgica é indicada. Outro protocolo muito adotado é a vacina autógena, feita com extratos dos papilomas retirados do próprio animal", explica o veterinário Marthin Raboch Lempek, professor da UFMG. Estudos apontam que a homeopatia também surte bons resultados no tratamento da papilomatose. "Em alguns pacientes, apenas com sua administração, os tumores sumiram completamente em menos de 30 dias, e sem recidiva", diz o especialista.
Há três semanas, a consultora de vendas Roseli dos Santos, de 44 anos, optou pela extração dos papilomas da cadelinha Endy. Após passar por uma cirurgia ortopédica, ela teve de tomar vários medicamentos que baixaram sua imunidade. "Foi quando observei que surgiram várias verrugas em sua boca, e, como ela já estava sobrecarregada de remédios, preferi realizar o procedimento cirúrgico. Hoje está totalmente recuperada", diz Rosely.
O tratamento é controverso e varia de acordo com o organismo de cada animal. Em alguns casos, como foi o do cãozinho José, a doença pode regredir espontaneamente após três meses de seu surgimento, só com o reforço de alimentação. "As verrugas sumiram em pouco tempo", diz Juliane Lima. Para que isso ocorra, é necessário que o cão tenha o seu sistema imunológico fortalecido. "A doença está relacionada à baixa de resistência, por isso animais bem cuidados, com boa alimentação, dificilmente vão desenvolvê-la, exceto em casos específicos", diz o veterinário Gilson Dias Rodrigues. Outra boa notícia é que, apesar do aspecto desagradável, a doença não é transmissível para os seres humanos e, quando tratada corretamente, tem cura.