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Estado de Minas MINEIROS DE 2016

O negócio é comida boa

Donos dos restaurantes Santafé, Olegário Pizzaria e Udon, os irmãos chegaram a 12 estabelecimentos em 2016 e devem fechar o ano com 20% a mais no faturamento


postado em 11/01/2017 15:09 / atualizado em 11/01/2017 15:24

Entretenimento

Agilberto Martins da Costa

Nasceu em Belo Horizonte
54 anos, casado, 1 filho e 1 enteado
Formado em engenharia Civil pela Fume. Sócio-fundador da Rede Gourmet

Pedro Martins da Costa
Nasceu em Belo Horizonte
51 anos, casado, 2 filhos
Formado em ciências contábeis pela PUC Minas. Sócio-fundador da Rede Gourmet

Entre os muitos hobbies que o empresário Pedro Martins da Costa tem, está o de reunir os amigos em sua casa de campo, em Nova Lima, e preparar uma bacalhoada. Hábito similar ao do irmão Agilberto Martins da Costa, cuja especialidade é moqueca. Porém, os dois assumem: os dotes culinários param por aí. Quer dizer, isso se não for levado em conta o talento para gerenciar negócios gastronômicos. Aí, não falta expertise. Eles comandam a Rede Gourmet, grupo fundado em 1991 que reúne os premiados restaurantes Santafé, Udon e Olegário Pizza e Forneria.

Em 2016, quando muitos do setor de alimentação fecharam as portas, os dois avançaram. Em abril, inauguraram uma central de molhos, passo para garantir a padronização e qualidade das receitas servidas. A cozinha segue a ficha técnica, depois refrigera e distribui os produtos em saquinhos. Por mês, são ensacadas 11 mil porções de molhos, que têm entre 50 ml e 1 l. Os menores vão para pratos à la carte, enquanto os maiores são usados na produção de pizzas, por exemplo.

Pouco tempo depois, em novembro, foi a vez de chegarem ao bairro Belvedere, com a abertura da segunda unidade do restaurante japonês Udon, agora no Ceaser Bussiness e ao lado de três sócios. "O ano foi melhor do que prevíamos", resume Agilberto. "O tanto que demitimos em 2015, recontratamos em 2016. Esperamos aumento de 5% no lucro e 20% no faturamento comparado com o ano anterior", diz.

Engenheiro civil por formação, ele trabalhava na Andrade Gutierrez quando surgiu o desejo de empreender. Como gostava de frequentar uma sanduicheria em São Paulo e não encontrava nada igual em BH, ele se inspirou. Chamou o irmão caçula, Pedro, formado em ciências contábeis, e montaram uma lojinha na rua Alagoas com sanduíches em pão francês. Ganharam um cliente especial, dono de um hotel a poucos metros dali. Quando esse empresário decidiu terceirizar a área de alimentação do seu negócio, lembrou-se da dupla. Surgia assim, por acaso, o que viria se tornar a especialidade de Pedro e Agilberto: administrar o setor alimentar em hotéis e, quando possível, abrir os restaurantes para clientes externos. Hoje, mantêm 12 estabelecimentos, sendo quatro apenas para hóspedes.

O primeiro aberto ao público foi o Santafé, há 22 anos. Sete anos depois, inauguraram a Olegário no Lourdes. Quando a capital passou por sua expansão hoteleira devido à Copa do Mundo, em 2013, choveram convites para levar as casas a unidades de diferentes bandeiras. Criaram então um modelo de franquia. "Somos franqueadores e franqueados. Em cada local, temos uma porcentagem de sociedade e um ou mais sócios", explica Pedro.

A veia empresarial e a dedicação foram fundamentais. Assim como o domínio em gestão e logística. Para se ter ideia, a compra mensal que fazem para a rede tem 1.500 itens de cozinha: são 5 toneladas de muçarela por mês, assim como 500 litros de azeite e 4.500 garrafas de vinho. Os irmãos não escondem os segredos para o sucesso. "Prezamos pela qualidade gastronômica e de atendimento e sempre estamos cortando custos", diz Pedro. Só não adianta pedir dicas para a bacalhoada e moqueca, essas são sigilosas.

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