
Em 1980, o veterinário australiano Ian Billighurst surgiu com uma nova proposta de alimentação, a chamada Dieta BARF ou Comida Crua Biologicamente Apropriada. O objetivo era imitar a dieta natural dos lobos, parentes dos cães. Seus principais ingredientes são ossos carnudos crus, peças como pescoços, asas, dorsos, cabeças de aves, cauda de boi, pescoço de cordeiro ou leitão e partes de coelho. Carnes desossadas, peixes, ovos e vísceras, além de alguns suplementos naturais, também foram adicionados, assim como fontes de minerais, ácidos graxos e vitaminas. Mas algumas restrições foram impostas. Entre elas, o consumo de grãos, legumes ricos em amido e os óleos vegetais, tidos como inadequados para o consumo animal. A BARF foi adotada em países da Oceania e Europa, além do Canadá e Estados Unidos, sendo a precursora da chamada Alimentação Natural (AN).


O site Cachorro Verde é referência no assunto e orienta os proprietários sobre como adotar a melhor alimentação natural para cães e gatos. Segundo sua fundadora, a veterinária Sylvia Angélico, esse tipo de dieta contém ótimos níveis de proteína animal, gorduras saudáveis na medida certa e carboidratos não inflamatórios de baixo índice glicêmico. Mestre em nutrição animal, a veterinária Ludmila Barbi Trindade acrescenta que outro benefício da AN é conter 70% de água em sua composição. "Isso torna a urina mais diluída e previne a formação de cálculos urinários", diz. Ela orienta que a dieta só é segura quando formulada por um nutricionista animal, pois é quem está apto a combinar os ingredientes nas quantidades ideais, de acordo com o perfil de cada indivíduo, e a conferir se todos os nutrientes essenciais estão presentes nos alimentos.