
Construtivismo
Montessori
Em BH, a Escola Infantil Montessori trabalha, desde fevereiro de 2018, com crianças de 0 a 6 anos, no bairro Serra. Nas salas de aula, os alunos aprendem por meio de objetos disponíveis em estantes divididas por áreas do conhecimento: vida prática, linguagem, matemática, educação sensorial e cósmica. "Tudo fica na altura da criança e ela escolhe com o que trabalhar", explica Amália de Andrada (à dir.), fundadora da escola. "A professora não impõe, mas observa. Se o aluno estiver trabalhando muito com um material, ela anota e eventualmente o convida a trabalhar com outro, mas de uma forma natural." No lugar das mesas, os alunos podem usar tapetes como espaço de trabalho e há um acervo de materiais desenvolvidos pela própria Maria. "Eles têm de ser o mais autoexplicativos possível, ou seja, a criança não precisa do adulto para lhe ensinar", diz Ana Amélia Rigotto, diretora pedagógica. "Ela tem de descobrir sozinha. Sempre do simples para o complexo, do concreto para o abstrato."
Waldorf
Essa crença se traduz em algumas práticas que podem soar estranhas para quem não está acostumado: as turmas da educação infantil, por exemplo, não são agrupadas por idades iguais (crianças de 1 e 2 anos aprendem juntas, e de 3 a 6 anos, também). Do 1º ao 8° ano, os alunos têm um único professor, nesse período inteiro. A grade de horários é bem diferente. Em vez de estudarem matemática, português, história e geografia no mesmo dia, durante quatro semanas o professor ensina uma única matéria. "Fazer isso é fundamental para a memorização", afirma Amanda.
Tradicional

Mas nem tudo permanece igual. Embora a via de transmissão do conhecimento ainda seja majoritariamente de mão única, hoje, os alunos não são mais considerados receptores massificados e passivos. Nem o conhecimento conceitual é mais considerado o único relevante. "Conciliamos a metodologia de ensino tradicional a outras que valorizam o desenvolvimento humano e à aprendizagem significativa", explica Daniele Passagli (à esq.), diretora geral do Coleguium. Lá, para os alunos da educação infantil até o 9° ano do ensino fundamental, além das matérias clássicas, existe o Laboratório Inteligência de Vida, onde se desenvolvem habilidades socioemocionais.
A educadora Edna Roriz (à dir.), que fundou e dirige o colégio de mesmo nome, também acredita não só na instrução, mas na formação dos alunos. Por isso, oferece do maternal 1 até a 3ª série do ensino médio a disciplina "iniciação científica", na qual os conteúdos ensinados são aplicados na realidade. "Mas, o foco continua sendo ensinar a ler e escrever bem, e a fazer contas", diz Edna. "E desde a metade do 9º ano do ensino fundamental a meta é o vestibular." Tanto no Coleguium quanto no Edna Roriz a 3ª série do ensino médio é absolutamente dedicada às provas para ingressar na universidade.