A pandemia resultou em um período de muito aprendizado na Patrus Transportes

Se há um setor que não parou um dia sequer durante os últimos meses, mesmo quando as medidas de restrição de circulação impostas pelo enfrentamento à pandemia do novo coronavírus se mostraram mais rígidas, foi o de transportes. Ainda que com boa parte da população dentro de casa, carregar alimentos, remédios e outros itens de primeira necessidade era - e é - essencial. Por isso, o vaivém nas diversas unidades da Patrus Transportes espalhadas pelo Brasil praticamente não sofreu alterações nesse tempo. Cerca de 70% dos colaboradores é formada por motoristas, ajudantes e conferentes. E esse pessoal não pode ficar em home-office. Todos os outros funcionários foram para casa, ao menos em determinados momentos. A empresa, fundada em 1973 no bairro Cachoeirinha, cuidou de todos os detalhes para que ninguém se sentisse desassistido por estar longe, como auxílio para a contratação de pacotes de internet mais adequados e entrega de tíquetes refeição para quem antes usava o restaurante corporativo. "Para a empresa caminhar as pessoas têm de se sentir felizes, se sentir cuidadas", afirma o presidente Marcelo Patrus, que ressalta não ter realizado cortes durante a pandemia. "Nossa principal preocupação foi, desde o primeiro momento, pela saúde e segurança de todos."

A pandemia resultou em um período de muito aprendizado na Patrus. O home-office foi uma ação importante, mas ficou claro que nada substitui o olho no olho. Por isso, uma medida tomada enquanto muitos estavam em casa foi a reforma dos dois andares da matriz. A nova arquitetura privilegia o espaço aberto, sob medida para o modelo híbrido de trabalho a ser adotado pelo escritório nos próximos meses. "Com o avanço da vacinação acreditamos que até o final do ano conseguiremos voltar ao trabalho presencial, tomando todos os cuidados que ainda serão necessários", diz a diretora de Gente, Gestão e ESG, Katia Rocha. "E teremos um ambiente muito agradável para receber tanto o público interno quanto nossos clientes."

Alinhada com o que há de mais moderno em termos de cultura organizacional, como a filosofia Lean de Gestão, a diretoria da Patrus enfrentou o desafio de transpor os diversos canais de interação com a equipe para o ambiente digital. E conseguiu resultados excelentes. Para ficar em um exemplo, o Patrus Talks, que traz palestrantes internos e externos com temas motivadores, passou a ser usado também como uma maneira de as pessoas se encontrarem, ainda que virtualmente. Uma ação de voluntariado que marcou o período foi a compra de marmitas em restaurantes próximos às filiais - que sofriam com a falta de público - e a doação a pessoas em situação de vulnerabilidade social. "Mostramos aos nossos colaboradores o quanto a solidariedade é importante", afirma Katia. O programa Jovem no Transporte, com foco em jovens aprendizes, e a Universidade Patrus também migraram para o ambiente digital.

Além da premiação do GPTW, a Patrus fica em evidência quando o assunto é sustentabilidade. A empresa tem o certificado B-Corp, dado a companhias com o compromisso de conciliar desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente. Foi destaque ainda, recebendo três prêmios, na pesquisa Empresas Humanizadas, que avalia reputação da marca, performance ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), estratégia de valor compartilhado e adaptabilidade evolutiva, entre outros quesitos. "Queremos dar a todos os nossos colaboradores a sensação de pertencimento e segurança", diz Marcelo. "Nossa prioridade é a busca da melhoria contínua e acreditamos que estamos no caminho certo." Os prêmios recebidos mostram que o rumo não poderia ser mais correto.