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Estado de Minas CARTA DO EDITOR

Robocop ou Ironman, tecnologia depende de gente


postado em 31/08/2021 16:30 / atualizado em 31/08/2021 16:36

Tiago Moura Mendonça, CEO da ABC da Construção(foto: Paulo Márcio/Encontro)
Tiago Moura Mendonça, CEO da ABC da Construção (foto: Paulo Márcio/Encontro)
Por Alessandro Duarte, editor da Revista Encontro

"Belo exemplo de força de vontade, com certeza. (...) Otimismo aliado à realidade se torna uma excelente escolha."

"Que história de superação bacana. Melhor pelo ensinamento trazido."
"Você é um vencedor na mais pura acepção do termo. E eu nem sabia do drama vivido na infância."

"A vida é sobre superação, amor e resiliência. Esses são alguns dos ingredientes que nos incentivam a seguir em frente, seguir tentando. Além, claro, de podermos contar com aqueles que amamos."

"Nada supera a vontade. Sempre fará bem ler histórias de quem nos lembra o quanto podemos (e devemos) nos esforçar para romper limites!"

Esses foram alguns dos comentários que Tiago Moura Mendonça recebeu quando postou, em uma rede social voltada para relacionamentos profissionais, uma história sobre sua infância. Acometido por uma síndrome que o impedia de andar e causava uma dor intensa no quadril, ele viveu o drama de lidar, aos 5 anos de idade, com um diagnóstico aterrorizante - teria de usar aparelho de paralisia infantil por anos. "Consegui, com apoio da minha família, superar a doença e ter uma adolescência normal", escreveu, no final de julho. A mensagem celebrava seu 40º aniversário. Não à toa, essa história abre a reportagem de capa sobre Tiago e o fenômeno que é a ABC da Construção, empresa da qual é CEO.

Não tivesse seu presidente uma história de vida tão peculiar, a trajetória da ABC da Construção já valeria uma reportagem pelos números impressionantes que a cercam. Em 2008, quando Tiago assumiu a presidência do negócio aberto por seu avô 64 anos atrás, a rede tinha 10 lojas, todas na região da Zona da Mata. Três anos depois, eram 20 lojas. Hoje são abertas uma média de 10 lojas por mês - no fechamento desta edição eram 160, no total - e os objetivos são grandiosos. Tiago quer chegar a 1.000 lojas em 2024, quando pretende multiplicar por cinco o faturamento anual, atualmente na casa de 1 bilhão de reais.

Seu sistema de parcerias com empreendedores locais - apenas 20 lojas são próprias -, com unidades leves, sem estoque, e grande investimento em logística vem atraindo investidores. A ABC, que já conta com sócios como a Fir Capital e a Redpoint Eventures, vendeu 10% de suas ações em julho, para a Dexco, antiga Duratex, por pouco mais de 100 milhões de reais. Mas o que o leitor verá na matéria que começa na página 80 é que por trás de tantos bons resultados há gente de carne e osso. Uma empresa precisa ser, como Tiago costuma dizer, um Robocop. A armadura pode ser hipertecnológica, mas só funciona se tiver um ser humano comprometido para operá-la. Aliás, desculpe Tiago. Como você bem explica, Robocop está fora de moda. Denuncia a idade. Melhor usar como exemplo o super herói Ironman. Será que o Robocop é cringe, como falam os jovens da Geração Z?

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