Conheça o Parque do Palácio das Mangabeiras em BH

Após servir como residência oficial dos governadores de Minas Gerais desde a década de 1950, o Palácio das Mangabeiras, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte, acaba de abrir suas portas ao público como um novo espaço cultural para os mineiros. Inaugurado no dia 10 de abril, o Parque do Palácio conta com uma área de lazer de 42 mil metros quadrados e promete fazer uma imersão em experiências artísticas, culturais e gastronômicas em meio aos jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx e pela sede atribuída ao arquiteto Oscar Niemeyer.

O espaço suntuoso deixou de ser residência oficial de governadores na gestão do atual governador Romeu Zema (Novo) e teve seus portões abertos pela primeira vez em 2019, após 64 anos de história. Em 2021, a ampla estrutura com jardins, salões, quartos e cinema sediou a CASACOR Minas Gerais, proposta que deve se repetir em 2022. "Estamos muito satisfeitos de termos transformado o Palácio das Mangabeiras em um centro cultural de contemplação da natureza, arte e gastronomia", afirma João Grillo, um dos idealizadores do Parque do Palácio. "Sabemos que a vocação deste novo espaço é a de ser um dos equipamentos de cultura mais importantes de Minas Gerais." O governador Romeu Zema participou da inauguração e comemorou o fato de o equipamento estar aberto para a população. "Estamos mostrando que o Estado não precisa fornecer privilégio, a vida quase de monarquia para alguns poucos", disse.

Para marcar a abertura do parque, já está em cartaz no local uma exposição de obras de Amilcar de Castro (1920 – 2002), um dos mais consagrados artistas mineiros, que produziu desenhos, pinturas, esculturas e poesias no século XX. "Inauguramos essa exposição para estar à altura da história e de tudo o que o Palácio das Mangabeiras representa", afirma João Grillo. A exposição "Esculturas no Parque" reúne 20 esculturas de grande porte - entre quatro e sete toneladas - distribuídas em uma área de 4 mil metros quadrados nos jardins do Palácio. São obras de corte e dobra feitas em aço e esculturas de corte também em aço, cedidas em sua maioria pelo acervo do Instituto Amilcar de Castro, além de outras menores, divididas em três pavilhões, com a curadoria de João Grillo. "Essa exposição dará a cidade a oportunidade de apreciar seu trabalho como escultor", diz. "E já estamos elaborando muitas outras programações de qualidade, que valorizam esse lugar tão bonito com a moldura da Serra do Curral."

Além da proposta cultural, o novo centro conta com um espaço dedicado aos cônsules de Minas Gerais, com o objetivo de fomentar as relações internacionais na cidade e servir como alternativa para receber eventos de outros países. A gastronomia estará presente por meio de eventos de culinária e um restaurante que ficará fixo no local, além de um café e um bar. A sustentabilidade também está no foco. Aproveitando a quantidade de folhas que caem diariamente, os idealizadores optaram por transformar a folhagem em adubo para a futura horta que vai atender ao restaurante e à comunidade vizinha. "Temos em mente a ideia de ofertar mudas aos visitantes e um trabalho de educação ambiental envolvendo especialistas do setor", planeja João Grillo.