



Carro elétrico com combustão a etanol: aposta do futuro

O hidrogênio utilizado para alimentar uma célula de combustível (fuel cell) é retirado do próprio etanol, o que permite a produção da energia elétrica necessária para fazer o carro rodar. "Precisamos avaliar o conceito de ciclo de vida, do poço à roda, incluindo todo o processo de produção de energia", diz Mário Campos, presidente da Siamig. Em sua análise, um carro com motor a combustão, utilizando etanol, já emite muito menos poluentes (se comparado com um a combustão que usa gasolina ou diesel). Se associado ao motor elétrico, torna-se mais eficiente do ponto de vista ambiental. Quem está se movimentando para que esse sonho de consumo se torne realidade por aqui é a montadora japonesa Nissan, que renovou seu convênio com o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) para desenvolver o reformador, aparelho que tira hidrogênio do etanol. Outra montadora que aposta em um futuro automobilístico menos poluente é a Volkswagen, que possui convênio com a Unicamp e o Centro Técnico Canavieiro de Piracicaba.
Números do setor de canavieiro em Minas Gerais:
- Área plantada: 869.806 mil hectares
- Ranking nacional: segundo lugar em produção de açúcar, terceiro em cana e quarto em etanol, biocombustível derivado da cana
- Usinas canavieiras: 34
- Municípios canavieiros: 130
- Empregos diretos e indiretos: 167 mil
- Energia gerada: 3,196 milhões de MWh de energia que atendem 1,18 milhão de pessoas
- Produtividade safra atual (2021/2022): 68 milhões de toneladas de cana
- Produção de Etanol: 2,95 bilhões de litros, aumento de 5% em relação à safra 2020/2021
- Produção de açúcar: 4,3 milhões de toneladas, aumento de 5% em relação à safra 2020/2021
- Maiores usinas: Delta, Grupo Coruripe, BP Bunge, CMAA, Uberaba e Santo Ângelo