Estado de Minas GASTRONOMIA

Na Mesa, por Carolina Daher

Pedro Barbosa, Omilía, Vino, Laicos e Belô Cafeteria


postado em 03/08/2023 09:59

Delicadeza nos detalhes

(foto: Fabio Rocha/TV Globo/Divulgação)
(foto: Fabio Rocha/TV Globo/Divulgação)
A participação no programa Mestre do Sabor, da Rede Globo, fez com que o público ficasse de olho nele. Nas cozinhas, ele já era conhecido por sua delicadeza na execução de cada prato. Foi assim que Pedro Barbosa, mineiro de Paracatu, acabou vindo parar no Glouton. Há pouco mais de dois meses, ele assumiu o cargo de diretor criativo do premiado restaurante de Leo Paixão. "Achei que estava na hora de conhecer mais profundamente a comida mineira. Estar mais próximo das raízes, dos produtores e ingredientes locais. Quero ser representante da culinária de Minas Gerais", diz Pedro, que durante oito anos trabalhou no Maní – inclusive com sous-chef de Helena Rizzo, eleita a melhor cozinheira do mundo em 2014. Sua missão agora é trazer um olhar diferente das coisas da terra para o menu do Glouton. E já vem colocando sua assinatura. É de sua autoria a nova sobremesa feita com esfera de maçã verde infusionada com limão, creme de casca de limão siciliano, sorvete de iogurte, pérolas de poejo e broto de coentro. "Fui me inspirar no doce feito da casca de limão do Xapuri", diz.

É fogo!

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
O Omilía acaba de ganhar novo sobrenome: agora é restaurante e parrilla. Gabriel Trillo abriu a segunda casa, no Vila da Serra. Com 400 metros quadrados, o espaço ganha reforço de uma grande parrilla. "É uma parrilla bastante democrática, a gente prepara desde polvo a picanha, passando pelos legumes", diz o chef. A ideia é que o cliente escolha entre 12 opções de cortes – como picanha (R$ 129, 250g) e pirarucu no espeto (R$ 89, 200g) – e complemente o prato com um dos 14 acompanhamentos oferecidos, entre eles aligot de queijo Canastra (R$ 49) e polenta frita (R$ 25). Apesar dos clássicos continuarem no menu – como o filé com risoto de jabuticaba e queijo azul mineiro (R$ 115) –, alguns pratos são inéditos, a exemplo da entrada de camarões salteados e flambados na cachaça mineira ao molho de ervas (R$ 85) e do catado de lagosta gratinado com couve-flor e grana padano (R$ 79). "Estamos incrementando o cardápio com mais opções de peixes e frutos do mar", afirma Gabriel, que também está à frente do restaurante Pátria Cozinha do Brasil.

Que tal dividir uma taça de vinho?

(foto: Allex de Lima/Divulgação)
(foto: Allex de Lima/Divulgação)
Agora já dá para matar a saudade do casal Rafael e Gizelle Tocchetto, donos do antigo Campagne Restaurante, em Macacos, que fechou em 2019. Eles acabam de abrir na Savassi a Vino, rede criada em Curitiba e que desembarca na capital mineira pela primeira vez. A casa tem como propósito desmistificar o consumo de vinho por meio de uma experiência leve e descomplicada. "Aqui não tem uma carta fechada. A ideia é que os clientes possam acessar mais de um vinho por noite", explica Rafael. São mais de 200 rótulos e todos são vendidos em taças com valores proporcionais ao da garrafa. "É legal porque às vezes você não quer investir em uma garrafa de 500 reais, mas pode pedir uma taça por 100 reais", completa. Com uma adega aberta, a clientela tem acesso a bebidas vindas das grandes regiões produtoras e a alguns lugares mais desconhecidos como Turquia e Eslovênia. Todos ciceroneados pela sommelier Sirleide Palma. Os preços das garrafas variam de 102 a 1.054 reais.

Laicos na Sapucaí

(foto: Thiago Poncherello/Divulgação)
(foto: Thiago Poncherello/Divulgação)
Já conhecido pelas bandas da Savassi, o Laicos finca bandeira agora na movimentadíssima Rua Sapucaí, no Floresta. Ocupando o galpão onde um dia funcionou a Benfeitoria, a casa é destino para o público que não quer ficar parado. "O Laicos se tornou o point de todas as tribos, unindo o underground ao pop, com muita música, cultura, arte e diversão", resume Marco Sassen Panerai, que divide a sociedade com André Panerai, Maurílio Everton Pinheiro Lima e Rafael Leander – todos do Jângal. Com vista para a Praça da Estação, a casa reúne além dos melhores Djs da cidade – de house a samba – comidinhas preparadas pelo chef Kiki Ferrari, como o croquetíssimo (R$ 19,90), feito com carne de panela ao estilo húngaro, com vinho e páprica. A carta de drinques leva a assinatura do mixologista João Natas, ex-Meet At The Yard. São quase 40 opções de coquetéis, entre autorais e clássicos. O Júpiter Maçã é preparado com vodca, notas de amora, suco de limão, soda de grapefruit e espuma de maçã verde (R$ 24,80).

Belô agora em Sampa

(foto: Yury Oliveira/Divulgação)
(foto: Yury Oliveira/Divulgação)
A Belô Cafeteria não para. Depois de três anos na Savassi, ela acaba de abrir uma unidade na Lagoa dos Ingleses, no Alphaville. E não fica por aí. Em outubro a casa ultrapassa as divisas do estado e desembarca nos Jardins, em São Paulo. "Estamos confiantes em alçar voos mais ousados", diz Ju Castro, que comanda a casa ao lado do marido, Cristian Barcellos. A cozinha é chefiada por Andreza Luisa, ex-Glouton. O cardápio é diverso e se divide entre sanduíches, preparos com ovos, pão de queijo e croissants recheados, além de pratos rápidos. Na primeira opção, o tostado que leva o nome da casa é feito de brioche tostado na manteiga, requeijão de raspas, carne de panela na cerveja e bacon (R$ 32). Já para quem prefere uma refeição completa, vale pedir o picadinho de filé servido com arroz branco, vinagrete e farofa crocante com cebola (R$ 55).

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