
Trata-se da radiofrequência monopolar, uma técnica que envolve ondas eletromagnéticas que atingem camadas mais profundas do tecido. Esta tecnologia já existia no Brasil, mas as fabricantes coreanas aperfeiçoaram o tratamento para ser menos desconfortável possível. O protocolo aqui é feito por meio de aparelhos das marcas Oligio X, Volnewmer, Coolfase e TenTherma. Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Minas Gerais, a médica Michelle Diniz explica como a técnica atua na pele: “Ela gera um campo eletromagnético de alta frequência que aquece os tecidos por resistência elétrica. O calor promove desnaturação do colágeno, neocolagênese, elastogênese e retração tecidual”, evidencia.
Em outras palavras, essa tecnologia pode “despertar o colágeno”, fazendo com que o corpo produza mais a proteína estrutural do tecido, o que resulta na melhoria da flacidez natural da pele com efeito natural. Dessa maneira, há redução das linhas finas, redefinição do contorno do rosto e rejuvenescimento de áreas mais delicadas, como entorno dos olhos e pálpebras. “A vantagem desse procedimento é que não estamos injetando nada na face e, por isso, não alteramos o formato do rosto, apenas melhoramos a qualidade dessa pele, devolvendo firmeza e viço. Além disso, é um procedimento sem downtime – o paciente não fica com marcas na pele –, rápido e com pouca dor”, acentua a médica Fernanda Fonseca, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Fernanda é dermatologista da Clínica da Pele, localizada no bairro Belvedere e um dos espaços em Belo Horizonte que oferece o procedimento. No local, a especialista usa o Oligio X, que chegou ao Brasil em 2024. “O aparelho é uma radiofrequência monopolar de terceira geração, ou seja, que já foi ajustada e aprimorada para entregar melhores resultados. Ele é fabricado na Coreia do Sul, sob normas rígidas de segurança e importação. Além disso, conquistou o Prêmio Nacional da Coreia – Confiança do Consumidor por dois anos consecutivos, 2023 e 2024”, ressalta.
A médica ainda analisa que o diferencial do Oligio X é seu sistema de resfriamento a gás. “Este detalhe permite uma entrega mais efetiva da energia do aparelho na pele, que vai se refletir em uma melhor resposta ao tratamento. Além disso, ele possui uma ponteira específica para ser usada na região das pálpebras, local comum de queixa de envelhecimento e com poucas opções para estimular o colágeno dessa região. Também pode ser usado em todo o rosto e pescoço, promovendo uma retração da pele, melhora das linhas finas e da qualidade da pele”, observa.

Aos 43 anos, a gerente de recursos humanos Angélica Gorino Mendes passou pelo procedimento com o Coolfase. Ela se submeteu ao procedimento há cerca de um mês e destaca que percebeu um resultado imediato. “Logo após a sessão, já percebi que a flacidez diminuiu e que meu rosto clareou”, afirma, confirmando ter sentido “zero dor.” “Além disso, foi super rápido. Só senti o rosto um pouco mais quente, mas foi momentâneo, nada que incomodasse”, celebra. Angélica aponta que nunca foi muito afeita à skincare, mas, agora, se sente mais motivada a cuidar da pele.
Quanto custa, frequência e quem pode fazer

Em parceria com outros médicos, ele desenvolveu o protocolo K-lift, que utiliza a radiofrequência monopolar como terapia estética. “O K é associado à Coreia, mas, neste caso, é porque existe um sistema de ligamentos no rosto que, ao ser desenhado, se assemelha à letra ‘K’. Ele se localiza principalmente na frente da orelha e ao longo da linha da mandíbula. Durante a aplicação no rosto todo, o objetivo é, justamente, reforçar essa estrutura natural”, pontua. O médico explica que a frequência do procedimento depende do grau de envelhecimento da pele. “Pessoas com pele mais jovem podem fazer uma sessão de manutenção a cada ano ou nove meses. Já uma pele de idade mais avançada pode exigir três sessões de uma só vez e outra nove meses depois. O tratamento é individualizado e precisa de avaliação médica”, esclarece.
Associação com outros cuidados e contraindicações
