Hospital de BH figura em lista de melhores do mundo

A revista americana “Newsweek” incluiu o Mater Dei Santo Agostinho na edição 2026 do ranking “World’s Best Hospitals”, que lista as melhores instituições de saúde do mundo. Entre os 22 hospitais brasileiros mencionados - seis públicos e seis privados - a unidade localizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte foi a mais bem posicionada. Integram a classificação também nomes como o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital Sírio Libanês, Hospital das Clínicas da Unicamp e o Hospital São Paulo, da Unifesp. O levantamento é organizado anualmente pela publicação em parceria com a empresa global de pesquisa de dados Statista e considera recomendações de profissionais médicos, resultados assistenciais e dados de acreditações e certificações internacionais.

Para a instituição mineira, o reconhecimento é resultado de décadas de investimento em governança clínica, qualificação de profissionais e tecnologia. “É um orgulho imenso. Ter a Rede Mater Dei de Saúde e a Unidade Santo Agostinho entre os melhores hospitais do mundo simboliza a força da nossa cultura e o quanto esta é reconhecida pelas diversas partes interessadas. O prêmio é fundamentado em recomendações de médicos e nas experiências dos pacientes, que referendaram a qualidade da nossa instituição”, afiança José Henrique Salvador, CEO da Rede Mater Dei.

Ele lembra que, embora o destaque tenha sido atribuído à unidade Santo Agostinho, a conquista reflete o trabalho integrado das demais unidades do grupo. “Sabemos que para esse prêmio, que destaca a unidade Santo Agostinho, contribuíram também as unidades Contorno, Betim, Contagem e Nova Lima. A completude dos serviços ofertados pela Rede Mater Dei nas diversas regiões em que estamos presentes gera confiança nas famílias e médicos, que aqui encontrarão o necessário para cuidarem das suas saúdes e de seus pacientes”, acrescenta.

Para o vice-presidente médico assistencial da rede, Felipe Salvador, uma série de fatores foram decisivos para a presença do hospital no ranking mundial. “Na nossa visão, três fatores foram decisivos. Primeiro, a governança clínica que construímos ao longo de mais de duas décadas, com protocolos auditados e resultados assistenciais transparentes, evidenciados hoje no nosso Anuário de Excelência Clínica. Segundo, a qualidade do corpo clínico, das equipes multiprofissionais e de nossos profissionais, que são incansáveis em colocar o paciente no centro. E, em terceiro, o compromisso com acreditações internacionais de segurança, como JCI e QMENTUM, que garantem padrões comparáveis aos melhores hospitais do mundo. Esse conjunto é que sustenta o nosso desempenho e o nosso reconhecimento”, explica.

Na lista da “Newsweek”, o Mater Dei aparece ao lado de instituições como a o Hospital for Sick Children (de Toronto, CAN), o Johns Hopkins Hospital (Baltimore, EUA), a Mayo Clinic-Rochester (Minnesota, EUA) e o Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova York, EUA). Para a gestão, esse alinhamento é motivo de inspiração, mas também de afirmação da singularidade da instituição. “É natural olharmos para modelos como Mayo Clinic ou Cleveland Clinic, que são grandes referências mundiais. Mas o que nos torna singulares é a forma como adaptamos esse olhar para a realidade brasileira, sem abrir mão da nossa essência: unir alta tecnologia a um cuidado próximo, humano. Na nossa trajetória, a Rede Mater Dei cresceu nacionalmente com essas premissas e, hoje, combina inovação – como cirurgia robótica, inteligência artificial e prontuário inteligente – mas sempre com o paciente no centro do nosso cuidado. Isso cria uma cultura própria que nos permite fazer a diferença nas regiões que estamos presentes”, diz José Henrique Salvador.

Além disso, o CEO acredita que a presença de 22 instituições nacionais no ranking é vista como prova da força crescente da medicina nacional. “Tantos hospitais brasileiros mostram que a nossa medicina tem conquistado reconhecimento internacional. O setor privado tem um papel importante nessa transformação, investindo em qualidade, tecnologia e gestão. Em Minas, temos um ecossistema de saúde vibrante, que se retroalimenta: universidades fortes, centros de pesquisa, hospitais de excelência. O Mater Dei tem orgulho de contribuir para esse cenário, levando também nossa experiência para Salvador, Feira de Santana, Uberlândia, Goiânia e, em breve, São Paulo (no bairro de Santana, na Zona Norte da cidade, com previsão de começar a funcionar em 2028). É um papel de protagonismo que nos inspira ainda mais responsabilidade”, observa.

Os dois entrevistados lembram que, nos últimos anos, a Rede Mater Dei acelerou investimentos em tecnologia, capacitação de equipes e infraestrutura. Entre as iniciativas, destacam a parceria com a A3Data para aplicação de inteligência artificial em decisões clínicas e na gestão operacional, a criação de programas contínuos de educação médica e multiprofissional com protocolos unificados em todas as unidades e a expansão física, a inauguração do Mater Dei Nova Lima e a ampliação de centros de oncologia, diagnóstico e serviços ambulatoriais.

O desafio, agora, é manter e ampliar esse padrão diante da visibilidade internacional. “Uma das nossas prioridades estratégicas é continuar crescendo de forma sustentável e consistente em todas as esferas, sem perder o DNA clínico assistencial que nos trouxe até aqui. Estamos avançando na consolidação de linhas de cuidado integradas, no uso intensivo de dados para melhorar desfechos e na expansão geográfica – como o novo hospital em São Paulo. Também queremos ser protagonistas em sustentabilidade. O nosso modelo de governança já é um exemplo para outras instituições, pois une continuidade e inovação, construídos em preceitos sólidos”, cita José Henrique Salvador.

Por sua vez, Felipe Salvador ressalta que a base da estratégia seguirá sendo a mesma: “Buscamos nas nossas unidades integração, pioneirismo e, acima de tudo, cuidado com as pessoas. Vamos crescer sendo uma solução completa, com presença nacional, e padrão de qualidade internacional”, resume.