
Desta vez, a música de Marisa vai ganhar novas dimensões. Pela primeira vez, a cantora sobe aos palcos acompanhada por sua banda e uma orquestra sinfônica, formada por 55 músicos e regida pelo maestro André Bachur. Os espetáculos acontecem no Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 18 e 19 de outubro. A segunda data foi aberta após os ingressos para a primeira apresentação se esgotarem em poucas horas. Depois da capital mineira, o espetáculo percorre Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília e Porto Alegre.
“A apresentação em BH está carregada de grande expectativa. Como qualquer estreia, é um momento muito esperado. Ainda mais que esgotou muito rápido na cidade e ficamos felizes de abrir outra data”, aponta o maestro André Bachur, que lembra que o trabalho conjunto entre os dois artistas não começou agora. Em 2023, eles se encontraram no concerto em homenagem aos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), que reuniu 50 mil pessoas. “Foi especial. Depois, fizemos também uma participação quando ela recebeu o título de Doutora Honoris Causa. A partir daí, quando surgiu a ideia da turnê, a equipe dela e a própria Marisa me chamaram para elaborar o projeto”, lembra.
O repertório de “Phônica” parte de arranjos já testados no concerto da USP, mas foi expandido. “Tínhamos cerca de 12 músicas para aquela ocasião. Agora, é algo maior. Os concertos têm a Marisa, a banda e a orquestra, uma trupe grande. O repertório é o dobro, com canções de diferentes períodos e algumas homenagens. O mais difícil foi selecionar, porque ela tem muitas músicas muito boas”, conta.
Segundo Bachur, cada cidade terá nuances próprias: “Imaginamos uma hora e meia de concerto, mas com variações de repertório entre as apresentações”. Entre as músicas confirmadas está “A Lenda das Sereias”, já interpretada por Marisa em concertos com a Orquestra Afro-Sinfônica.
Para o maestro, que construiu a carreira transitando entre a música erudita e a popular, o encontro com Marisa Monte acontece de forma natural. “Durante minha trajetória, fui diluindo essa diferenciação. Claro que cada situação tem suas especificidades, mas quando vem uma solista desse porte, que também transitou nesses dois universos, o diálogo é fácil. Os objetivos são claros e comuns”, determina.
Do ponto de vista técnico, ele ressalta os desafios. “Fazer a orquestra tocar música popular não é simples, porque não é o que ela faz no dia a dia. Requer tempo e adaptação. Mas o resultado é uma nova maneira de escutar, que traz a orquestra para momentos de protagonismo”, observa.
Bachur também destaca o papel social do projeto. “Com iniciativas como essa, conseguimos atingir mais gente. Os lugares que vamos alcançar são muito maiores do que as salas de concerto. É um movimento até necessário para levar essa experiência a mais pessoas”, defende.
Além da orquestra, a turnê conta com a banda fixa de Marisa Monte: Dadi Carvalho (violão e guitarra), Pupillo (bateria), Alberto Continentino (baixo) e Pedrinho da Serrinha (cavaquinho e percussão).
Marisa, por sua vez, já adiantou em material de divulgação que essa não é a primeira vez que canta com orquestras, mas que “Phonica” marca um novo capítulo em sua trajetória. “Ao longo dos anos, tive algumas chances de cantar com orquestras, tanto no Brasil quanto no exterior. Foram experiências extraordinárias, emocionantes e inesquecíveis. A interação entre os músicos, a complexidade dos arranjos e a combinação de técnica com emoção fizeram desses concertos experiências verdadeiramente mágicas. Agora, a proposta é unir o popular ao erudito para interpretar clássicos, criando mais uma experiência transcendental”, descreve.
“Phonica – Marisa Monte & Orquestra Ao Vivo”. Parque Ecológico da Pampulha - Av. Otacílio Negrão de Lima, 6061, 120 - Pampulha. Dias 18 e 19/10, às 19h30. A partir de R$ 140 no www.ticketsforfun.com.br